Der Baader Meinhof Komplex (filme)
Der Baader Meinhof Komplex (br: O Grupo Baader-Meinhof / pt: O Complexo Baader Meinhof) é um filme alemão de 2008, baseado no best-seller do mesmo nome, de Stefan Aust, publicado em 1985, que conta a história dos primeiros anos do grupo de extrema-esquerda Fração do Exército Vermelho ou RAF, também conhecido como Baader-Meinhof, que através de atentados, roubos e assassinatos, criou uma guerrilha urbana contra o governo da então Alemanha Ocidental a partir de 1970. Dirigido por Uli Edel e estrelando Moritz Bleibtreu, Martina Gedeck, Johanna Wokalek, Bruno Ganz e Alexandra Maria Lara entre outros, o filme foi sucesso de crítica, criou grandes polêmicas em Israel e na Alemanha - principalmente entre as pessoas envolvidas - e foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro[1] e ao Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira.[2] SinopseO filme recria a história dos primeiros e mais sangrentos anos de atividade do Baader-Meinhof, a organização marxista fundada com o nome oficial de Rote Armee Fraktion (Fração do Exército Vermelho) por Andreas Baader, Ulrike Meinhof, Gudrun Ensslin e Horst Mahler, cobrindo desde as suas origens, nos movimentos estudantis e nas comunas de jovens da década de 1960, até o período conhecido como Outono Alemão, no segundo semestre de 1977, quando uma série de sequestros e assassinatos de personagens importantes da política e do empresariado alemão cometidos pelo grupo, deixou a Alemanha Ocidental à beira do colapso político e social, na sua maior crise do pós-guerra.[3] ProduçãoA produção do fime começou em agosto de 2007 e as filmagens foram realizadas em sua maioria em Berlim, Munique, Roma, Marrocos e na penitenciária de segurança máxima de Stammheim, em Stuttgart. Teve um orçamento de 6,5 milhões de euros. Um grandes méritos do filme, segundo a crítica, foi o fato dos produtores terem escalados atores que são extremamente parecidos com os personagens reais que interpretam.[4] Elenco
Crítica e repercussãoO filme provocou críticas as mais variadas da imprensa especializada e declarações controversas de familiares dos envolvidos nos fatos. O crítico do The New York Times, Fred Kaplan, resumiu sua impressão:
Na mesma linha, Fred Seigel, do City Journal, revista do Manhattan Institute for Policy Research, escreveu:
Michael Buback, filho do ex-procurador-geral da Alemanha Ocidental Siegfried Buback, assassinado pelo Baader-Meinhof em abril de 1977, declarou que o filme se focaliza quase que exclusivamente em retratar os terroristas, o que acarreta o perigo de fazer com que a platéia possa se sentir muito identificada com os protagonistas.[6] Em protesto contra o que considerou historicamente 'distorcido' e 'quase completamente falso', a viúva de Jürgen Ponto, banqueiro assassinado em julho de 1977, Ignes Ponto, testemunha ocular do atentado, devolveu a Cruz Federal do Mérito recebida por sua família, depois que descobriu que o governo alemão participou como co-financiador do filme através de diversos fundos de investimento estatais, considerando-o responsável pela 'humilhação pública' a que a família foi submetida. Sua filha, Corinna Ponto, disse que o filme viola a privacidade de sua família de uma maneira errada e 'particularmente pérfida'.[7] Por outro lado, Jörg Schleyer, filho do empresário e presidente da Confederação de Empregadores da Alemanha em 1977, Hanns-Martin Schleyer, sequestrado e assassinado pelo grupo durante os eventos do Outono Alemão, considera O Grupo Baader-Meinhof um filme excelente, que finalmente descreve a RAF como eles eram, uma 'gangue de assassinos sem piedade'. Comentando sobre a violência explícita do filme, disse que 'só um filme como este poderia mostrar às pessoas mais jovens como as ações da RAF eram brutais e sanguinárias naquela época'.[8] PremiaçõesAlém das indicações do filme ao Oscar e ao Globo de Ouro, como filme estrangeiro, na Alemanha a atriz Johanna Wokalek recebeu o Bambi de melhor atriz de cinema de 2008[9] por seu papel como Gudrun Ensslin, uma das líderes da RAF, no filme. Referências
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