Após o lançamento de seu álbum anterior, And Winter Came... (2008), Enya não tinha certeza do que fazer a seguir em sua carreira, então ela decidiu dar um tempo na música, o qual durou três anos. Na primavera de 2012, ela começou a escrever e gravar material para um novo álbum, com seus colaboradores de longa data, o produtor e arranjador Nicky Ryan, e sua esposa, a letrista Roma Ryan. Enya se inspirou para a faixa-título e para o álbum na designação de 2011 de Sark, nas Ilhas do Canal, como uma reserva de céu escuro, e em uma coleção de poemas de Roma Ryan sobre ilhas.
Dark Sky Island recebeu críticas positivas dos críticos, e foi um sucesso comercial quando de seu lançamento. O álbum alcançou a posição de número 4 na parada britânica UK Albums Chart, a mais alta de Enya na parada desde Shepherd Moons (1991), e a posição de número 8 na parada Billboard 200, nos Estados Unidos. O álbum alcançou ainda o top 5 em nove outros países. Uma edição Deluxe, incluindo três faixas extras, também foi lançada, e em 2017 foi lançada uma edição em LP, fazendo de Dark Sky Island o primeiro lançamento em vinil de Enya desde seu álbum de estreia homônimo, em 1987.
Antecedentes
Após o lançamento de And Winter Came... (2008), Enya deu uma longa pausa sem escrever ou gravar e passou um tempo longe da Irlanda para viajar e comprar uma casa no sul da França.[1]Aigle Studios, seu estúdio de gravação habitual em Dún Laoghaire, Condado de Dublin, na Irlanda, também foi reformado em 2011 o que atrasou os planos para retomar o trabalho em um novo álbum de estúdio.
Em 2012 Enya voltou ao estúdio para gravar Dark Sky Island, seu oitavo no geral, com sua letrista de longa data Roma Ryan e o produtor Nicky Ryan. O título do álbum foi inspirado pela designação da ilha de Sark como a primeira "ilha de céu escuro" do mundo e uma série de livros de poesia de Roma Ryan sobre ilhas.[2] "Dark Sky Island", a faixa título do álbum, foi a primeira música a ser escrita para o disco. Enya descreveu o álbum como tendo uma temática "de jornadas", mas não é um álbum conceitual como foi And Winter Came... que tinha o inverno como tema central. Ela falou sobre o álbum: "as jornadas para a ilha, jornadas de vida; histórias, emoções; e viagens através de grandes oceanos".[3]
Canções
"The Humming..." é uma canção "que medita sobre o ciclo do universo e como as mudanças afetam tudo".[4] Segundo Nicky Ryan, a música teve origem de uma melodia que Enya começou a murmurar. Ele adicionou, "O título se refere ao som do início do universo, que está em torno de quarenta e sete oitavas abaixo da menor tecla do piano". Nicky revelou que trabalhou cientificamente na compressão e altura da vibração para ser audível aos ouvidos humanos, "captado pela sonda espacial Planck", transformou o som num murmúrio, dando à canção um título adequado. "So I Could Find My Way" está arranjada num compasso ternário e composta em ré maior. Enya descreveu a melodia como "muito emocional". A canção é dedicada à falecida mãe de Nicky Ryan e fala da "trajetória de vida de uma mãe" como "algo bastante universal... Você pensa sobre o que ela deixou para trás em sua vida. É o que você sempre irá lembrar. Quais eram as histórias dela, o que ela desejava para você; na esperança que você encontrasse seu caminho". "Even in the Shadows" apresenta um contrabaixo tocado pelo músico irlandês de rock e jazz Eddie Lee.[5] Lee é um membro da banda irlandesa Those Nervous Animals de Sligo, Irlanda, e foi companheiro de Enya na gravadora Tara Music no início dos anos 1980, quando Enya era membro da banda Clannad no período de 1980-1982.
Pela primeira vez desde Amarantine (2005), há duas canções no álbum que apresentam letras em Loxian, uma língua criada por Roma Ryan. Essas canções em particular focam em "temas intergalácticos" e contos transcendentais e futuristas para os quais Roma Ryan usa o Loxian. A canção "Astra et Luna" é cantada em latim. "Echoes in Rain" é uma composição em escala menor, especificamente fá sustenido menor, e tem uma "marcha rítmica celebrando o fim da jornada". A canção inclui uma ponte baseada em piano, similar aos solos de piano de Enya em seus primeiros álbuns. Os vocais de Enya alcançam duas oitavas de B2 a E5. A letra descreve os sentimentos de uma longa jornada para casa, viajando por noites e dias, com os versos detalhando como os ambientes e as emoções mudam durante toda a viagem. "I Could Never Say Goodbye" é um lamento irlandês com "um arranjo escasso e na forma de hino". "Sancta Maria" mistura sintetizadores e instrumentação clássica.
Lançamento e divulgação
O álbum foi anunciado por Enya em seu site da internet em setembro de 2015.[6] O título, primeiro single e lista de faixas foram divulgados em 7 de outubro de 2015.[7][8] Junto com as edições padrão e deluxe em formatos digitais,[9][10] uma edição em vinil foi disponibilizada,[11] fazendo de Dark Sky Island o primeiro lançamento em vinil de Enya desde seu álbum de estreia homônimo relançado como The Celts em 1992.
Dark Sky Island foi lançado em CD e download digital em 20 de novembro de 2015. Foi lançado em LP em 18 de dezembro de 2015.
Dois singles promocionais foram lançados. "So I Could Find My Way" foi lançado digitalmente em 30 de outubro de 2015. Seu vídeo, lançado em 6 de novembro, mostra Enya se apresentando na Capela Real de Dublin com uma orquestra de cordas e coro. "The Humming..." foi lançado digitalmente em 13 de novembro junto com um vídeo apresentando as letras no mesmo dia.
Nas semanas seguintes ao lançamento de Dark Sky Island , as várias redes sociais oficiais de Enya postaram entrevistas com Enya e sua letrista Roma Ryan, previews do álbum, fotos exclusivas e momentos "behind the scenes" (por trás dos bastidores), letras e vídeos musicais, e informações do iTunes sobre os primeiros lançamentos das canções do álbum. Esse é o primeiro uso das redes sociais para promover a música de Enya bem como para dar aos fãs conteúdo exclusivo e informações oficiais. Ao embarcar na viagem promocional para promover Dark Sky Island, a própria Enya inicialmente promoveu o álbum nas Ilhas Britânicas, sendo entrevistada pelo The Irish Times,[12] antes de ser convidada para o programa Lorraine da ITV e Front Row da BBC Radio 4 em 19 de novembro de 2015, e outros grandes programas de rádio como The Chris Evans Breakfast Show da BBC Radio 2 e do programa de Gerry Kelly da BBC Radio Ulster no dia do lançamento do álbum.[13][14][15] Em seguida ela promoveu o álbum a nível mundial, divulgando-o com entrevistas no Japão e Estados Unidos em telejornais e programas matinais.[16] Em 13 de dezembro de 2015, Enya fez uma performance surpresa no show de Natal da Universal Studios Japan em Osaka, Japão, de duas canções- "Orinoco Flow" e "Echoes in Rain".[17] Ela chamou a performance de "presente surpresa" para os fãs japoneses, e elogiou as celebrações "espetaculares" daquele dia.
Dark Sky Island estreou na parada de álbuns do Reino Unido, UK Albums Chart na 4ª posição, a mais alta de Enya na tabela de álbuns daquele país desde Shepherd Moons (1991).[18]
Dark Sky Island recebeu da maior parte dos críticos uma recepção positiva. No Metacritic, que estabelece uma média de até cem pontos com base nas avaliações dos analistas, o álbum recebeu uma pontuação média de 78, o que indica "avaliações geralmente favoráveis", baseado em 8 resenhas. Em sua avaliação para o allmusic, Timothy Monger deu ao álbum 4 de 5 estrelas. Ele escreveu que o álbum "tem toda a temática e timbres sonoros típicos de um lançamento de Enya, mas com consideráveis destaques comparado aos seus dois álbuns anteriores" e destaca "The Humming" como "uma das canções mais fortes que ela produziu em décadas e que se assemelha a um primo obscuro de sua obra-prima "Caribbean Blue" (1991). Ele resumiu o álbum "consegue aproveitar um pouco da energia e criatividade dos primeiros dias de Enya e une com ambos a confiança e as sombras da idade".[20] John Aizlewood, do Evening Standard, deu ao álbum uma avaliação de 4 estrelas, resumindo com "magnífico em todos os sentidos" com "canções construídas com camadas e mais camadas de vocais... camadas sobre camadas de instrumentação e camadas sobre camadas de luxo, elevação e inegável calor espiritual".[21]
Siobhan Kane, escrevendo para o The Irish Times, deu ao álbum 4 estrelas de 5 possíveis, elogiando o poder do vocal de Enya "que consegue ser frágil e forte ao mesmo tempo" em "So I Could Find My Way", e resumiu o álbum como "substancioso e envolvente".[24] Brad Nelson, em sua resenha para Pitchfork, comparou o álbum com a sensação "de ser abraçado pela brisa" e disse com "alguma segurança" que Dark Sky Island é o melhor álbum de Enya desde The Memory of Trees (1995), lançado há quase vinte anos. Ele deu uma avaliação positiva e uma nota de 7.1 de 10. Elogiou Enya por "desviar um pouco de sua estética " e destacou "Even in the Shadows" como um bom exemplo, chamando a canção de "uma das melhores do álbum".[27]
Lista de faixas
Todas as letras escritas por Roma Ryan, todas as músicas por Enya, e todas as faixas produzidas por Nicky Ryan.
↑South Korea GAON Albums Chart (em coreano). Na página, selecione "{{{year}}}" e, em seguida, "{{{date}}}" para obter a tabela correspondente. Korean Charts. GAON. Consultado em 22 de dezembro de 2015.
↑South Korea GAON International Albums Chart (em coreano). Na página, selecione "{{{year}}}" e, em seguida, "2015.11.15~2015.11.21" para obter a tabela correspondente. Korean Charts. GAON. Consultado em 22 de dezembro de 2015.
↑Top Stranih [Top paraeign] (em croata). Top paraeign Albums. Hrvatska Diskografska Udruga. Consultado em 22 de dezembro de 2015.
↑«Enya – Dark Sky Island» (em dinamarquês). Danishcharts.dk. Hung Medien. Consultado em 22 de dezembro de 2015.