Os critérios de McDonald são critérios de diagnóstico para a esclerose múltipla (EM). Em Abril de 2001, um painel internacional em associação com a National Multiple Sclerosis Society (NMSS) recomendou a revisão dos critérios de diagnóstico da EM, desincentivando o uso de termos usados anteriormente como "clinicamente definitivo" e "provável EM", propondo em seu lugar o diagnóstico de "EM", "provável EM" ou "não EM". Os critérios receberam o nome do neurologista W. Ian McDonald.[1]
A revisão tem como base o avanço nas técnicas de Ressonância magnética e pretende substituir os critérios de Poser e os critérios de Schumacher. Os novos critérios facilitam o diagnóstico de EM em pacientes que apresentam sinais e sintomas que sugerem a presença da doença. Os critérios foram revistos em 2005 para clarificar a interpretação precisa do que se entende por "ataque".[2]
Critérios de diagnóstico
Revisão de 2017:[3]
Apresentação clínica
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Dados adicionais necessários para o diagnóstico
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- ≥ 2 surtos
- evidência clínica de ≥ 2 lesões
ou
- ≥ 2 surtos
- história clínica objetiva de lesão em sítio anatômico distinto
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Nenhum.
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- ≥2 surtos
- evidência clínica de 1 lesão
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Disseminação espacial demonstrada por:
- ≥1 lesão T2 em pelo menos 2 de 4 regiões
típicas de EM no CNS (periventricular, justacortical, infratentorial, ou medula espinhal); ou
- Evento clínico adicional sugestivo de lesão em outro local do sistema nervoso central
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- 1 surto
- evidência clínica de ≥ 2 lesões
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Disseminação no tempo demonstrada por:
- Presença simultânea de lesões assintomáticas captantes e não captantes de gadolínio;ou
- Nova lesão em T2 e/ou presença de lesões captantes de gadolínio em RM de seguimento realizada em qualquer altura e comparada com a RM de base
ou
- Detecção de bandas oligoclonais específicas no líquor
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- 1 surto
- evidência clínica de uma lesão (CIS)
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Disseminação no espaço e no tempo, demonstradas por:
Disseminação no espaço:
- ≥1 lesão T2 em pelo menos 2 de 4 regiões típicas de EM no CNS (periventricular, justacortical, infratentorial, ou na medula espinhal); ou
- Aguardar pela ocorrência de um surto que afete uma área diferente no SNC
Disseminação no tempo:
- Presença simultânea de lesões assintomáticas captantes e não captantes de gadolínio;ou
- Nova lesão em T2 e/ou presença de lesões captantes de gadolínio em RM de seguimento realizada em qualquer altura e comparada com a RM de base
ou
- Detecção de bandas oligoclonais específicas no líquor
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Progressão neurológica insidiosa sugestiva de EM (EMPP)
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1 ano de progressão de doença (retro e prospetivamente determinada) mais 2 de 3 dos seguintes critérios:
- Evidência de disseminação espacial no cérebro, com base em ≥1 lesão em T2, nas regiões típicas de EM (periventricular, justacortical ou infratentorial)
- Evidência de disseminação espacial na medula espinhal, com base em ≥2 lesões em T2 na medula espinhal
- Evidência de bandas oligoclonais por focalização isoelétrica e/ou aumento do índice IgG
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Referências