Cristiano I, Príncipe de Anhalt-Bernburg
Cristiano I, Príncipe de Anhalt-Bernburg, também conhecido como Cristiano de Anhalt (11 de maio de 1568 – 17 de abril de 1630) foi um príncipe alemão da Casa de Ascania. Foi o príncipe governante de Anhalt e governante do novo principado de Anhalt-Bernburg a partir de 1603. Em 1595, tornou-se governador da província do Alto Palatinado, e, pouco tempo depois, tornou-se conselheiro de Frederico IV, Eleitor Palatino. VidaCristiano foi o segundo filho de Joaquim Ernesto, Príncipe de Anhalt, e da sua primeira esposa, a princesa Inês de Barby-Mühlingen. Nascido em Bernburg, a partir de 1570, Cristiano passou a ser educado em Dessau por Caspar Gottschalk em latim, italiano e francês. Quando era ainda uma criança, participou em missões diplomáticas em locais como Constantinopla; graças a esta educação, tornou-se um diplomata ambicioso e moderno. Nos primeiros meses de 1686, viajou até Dresden, onde viveu durante vários anos com um dos seus amigos mais próximos, Cristiano I, Príncipe-Eleitor da Saxónia, com quem partilhava simpatias pelo Calvinismo. Sabe-se que sofreu de alcoolismo durante a sua estadia na corte da Saxónia. Depois de herdar as terras da sua família em Dezembro desse mesmo ano (1586), Cristiano continuou a defender o Calvinismo e, mais tarde, tornou-se conselheiro de Frederico IV, Eleitor Palatino. Em 1591, liderou o exército do Palatinado para ajudar o rei de França, Henrique IV. Quando surgiu uma disputa relativamente ao Bispado de Estrasburgo —a chamada Guerra dos Bispos —em 1592, Cristiano apoiou Brandenburgo contra Lorena. Em 1595, tornou-se governador da província do Alto Platinado por nomeação de Frederico IV e passou a residir em Amberg. Em 1603, o principado de Anhalt foi dividido formalmente entre Cristiano e os seus irmãos. Nas partilhas, ficou com Bernburg, tendo-se esforçado por renovar este antigo principado que estava extinto desde 1468. Como diplomata, Cristiano teve um papel preponderante na criação da União Protestante em 1608. Após a morte do príncipe-eleitor Frederico IV, passou a servir o seu filho, Frederico V, e foi nomeado para comandar as forças protestantes para defender a Boémia contra o sacro-imperador Fernando II e os seus aliados quando os nobres desse país elegeram Frederico como rei em 1619. Nesse mesmo ano, Cristiano foi aceite na Sociedade Frutífera. Quando as forças da Boémia foram derrotadas na Batalha da Montanha Branca em 1620, Cristiano aconselhou Frederico a não tentar atacar Praga. Em 1621, em resposta à sua associação com os Palatinados, Cristiano recebeu uma interdição imperial que o tornou persona non grata no Sacro Império Romano-Germânico e fez com que perdesse as suas terras. Cristiano fugiu primeiro para a Suécia, e depois tornou-se convidado do rei Cristiano IV na Dinamarca. Pediu clemência ao sacro-imperador Fernando em 1624 e teve permissão para voltar ao seu principado, onde morreu seis anos depois. Casamento e descendênciaCristiano casou-se em Lorbach no dia 2 de Julho de 1595 com a princesa Ana de Bentheim-Steinfurt-Tecklenburg-Limburg. Juntos, tiveram dezasseis filhosː
Genealogia
Referências
Bibliografia
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