Creatina Alerta sobre risco à saúde
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Nome IUPAC
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ácido 2-(carbamimidoil-metil-amino)acético
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Outros nomes
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ácido (α-metilguanido)acético Creatina Kreatina ácido metilguanidinoacético N-amidinosarcosina
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Identificadores
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Número CAS
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57-00-1
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PubChem
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586
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Número EINECS
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200-306-6
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DrugBank
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DB00148
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SMILES
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- [NH2+]=C(N)N(C)CC([O-])=O
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Propriedades
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Fórmula química
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C4H9N3O2
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Massa molar
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131.12 g mol-1
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Densidade
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1,33 g·cm−3 [1]
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Ponto de fusão
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303 °C (mono-hidrato, decomp.)[2]
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Solubilidade em água
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17 g·l-1[2]
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Riscos associados
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Frases R
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R36/37/38
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Frases S
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S26, S37
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Compostos relacionados
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Aminoácidos relacionados
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Glicina (ácido 2-aminoacético) Glicociamina (ácido 2-guanidinoacético) Fosfocreatina (N-metil-N-(fosfonocarbamimidoil)glicina)
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Compostos relacionados
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Guanidina (C(NH2)2NH) Creatinina (lactama) Éster metílico de creatina
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Página de dados suplementares
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Estrutura e propriedades
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n, εr, etc.
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Dados termodinâmicos
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Phase behaviour Solid, liquid, gas
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Dados espectrais
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UV, IV, RMN, EM
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Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde.
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A creatina [NH2-C(NH) - NCH2(COOH)-CH3] é um composto de aminoácidos presente nas fibras musculares e no cérebro. A palavra deriva do grego κρέας (kreas), que significa carne. Em 1832 o cientista e filósofo francês Michel Eugène Chevreul identificou e nomeou a creatina, mas foi Justus von Liebig, cientista alemão, que anos depois começou a promovê-la como substância importante para aumento de força em trabalhos físicos.[3]
Suplementação de Creatina
A creatina não é essencial, ou seja, não depende da ingestão pois pode ser produzida pelo organismo humano. Contudo a suplementação desse composto pode elevar as concentrações musculares, o que é proposto como agente ergogênico[4]. Para isso, a dosagem diária não deve ser inferior a 3 gramas[5].
Exercícios e esportes
Já é bem explorado e inúmeros estudos mostram as vantagens da suplementação de creatina para o aumento da força muscular, massa magra e performance no exercício.[6][7][8] A suplementação de creatina visando o ganho de desempenho em exercícios físicos anaeróbicos se mostra eficiente e segura a curto prazo.[9] Podendo aumentar entre 5% a 15% a força máxima nos exercícios que combinam alta intensidade e curta duração.[10][11][12] Já atividades físicas que demandam mais respiração aeróbica, como nado e corrida, a creatina não demonstra melhoras em termos de performance física.[12]
Suplementação de creatina e o cérebro
Recentemente, alguns estudos vêm relatando e testando evidências que a suplementação de creatina também pode ser benéfica para a saúde cerebral. Melhorando função cerebral, processamento cognitivo e recuperação de uma lesão cerebral.[13] A creatina fornece o grupo N-fosforil da fosforilcreatina (PCr) para o difosfato de adenosina (ADP), ressintetizando trifosfato de adenosina (ATP) e transfere energia da mitocôndria para o citosol como "tampão espacial" fazendo assim o fornecimento rápido de energia. Esses mecanismos facilitam a homeostase do ATP no momento de turnover energético, mantendo reduzida a concentração de ADP e diminuindo a passagem de Ca²± do retículo sarcoplasmático e mantendo mais eficiente assim a produção da força muscular.[14][15][16] A creatina pode eliminar espécies de radicais no ambiente acelular ou atenuar a formação de espécies reativas de oxigênio por se acoplar com o ATP mitocondrial.[17] Esses efeitos antioxidantes diretos e indiretos podem se relacionar com os efeitos terapêuticos nas doenças neurodegenerativas.[18]
Como atua no organismo
A creatina age no organismo a partir de sua forma fosforilada (fosfocreatina ou fosfato de creatina). Através da enzima creatina cinase (ou creatina quinase) ocorre a transferência do grupo fosforila (PO32-) da fosfocreatina para o ADP, produzindo assim ATP. Também age como "tampão espacial", transportando a energia útil armazenada na forma de compostos fosforilados com alto potencial químico de hidrólise (energia de Gibbs ou energia livre) gerados na mitocôndria para o citoplasma.
Fontes
Em humanos, geralmente metade da creatina armazenada é originada dos alimentos (principalmente da carne e peixe). Entretanto, a síntese endógena de creatina no fígado é suficiente para as atividades normais do dia-a-dia. Em função disso, apesar de os vegetais não conterem creatina, os vegetarianos e veganos não sofrem por sua deficiência.[19]
No Brasil
Em 2005, a venda de creatina como suplemento alimentar foi proibida pela ANVISA em todo Brasil.[20] Entretanto, esta proibição foi revogada em abril de 2010, com a publicação de uma nova regulamentação de alimentos para atletas, onde há uma recomendação clara para o uso do suplemento à base de creatina apenas para atletas que praticam exercícios de alta intensidade.[21] A Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (ABENUTRI) produz anualmente uma classificação das marcas de creatinas por teor e rotulagem. Algumas marcas famosas até entraram com ações judiciais para impedir que os resultados de seus testes fossem divulgados. [22]
Em Portugal
A creatina pode ser encontrada sob o formato de mono-hidrato de creatina e é um produto autorizado pela ASAE. É sobretudo utilizada para o aumento muscular.
Referências
- ↑ Base de dados Creatina por AlfaAesar, consultado em 31. Mai 2007 ..
- ↑ a b Römpp CD 2006, Georg Thieme Verlag 2006.
- ↑ «Em Análise»
- ↑ Machado, M.; Sampaio-Jorge, F.; TeixeiraFerreira, A.; Knifis, F (2007). «Ck sérica é modulada por exercício mas não por suplementação de creatina» (PDF). Motricidade. Consultado em 8 de julho de 2015
- ↑ Lucas, Bruno (22 abril 2021). «Quer saber a Melhor Creatina 2022 que Funciona? Veja já!». ReviewTudo. Consultado em 14 agosto 2022
- ↑ Gualano, Bruno; Roschel, Hamilton; Lancha, Antonio Herbert; Brightbill, Charles E.; Rawson, Eric S. (agosto de 2012). «In sickness and in health: the widespread application of creatine supplementation». Amino Acids (em inglês) (1): 519–529. ISSN 0939-4451. doi:10.1007/s00726-011-1132-7. Consultado em 22 de julho de 2022
- ↑ Dolan; Artioli; Pereira; Gualano (23 de outubro de 2019). «Muscular Atrophy and Sarcopenia in the Elderly: Is There a Role for Creatine Supplementation?». Biomolecules (em inglês) (11). 642 páginas. ISSN 2218-273X. PMC PMC6921011 . PMID 31652853. doi:10.3390/biom9110642. Consultado em 22 de julho de 2022
- ↑ Dolan, Eimear; Gualano, Bruno; Rawson, Eric S. (2 de janeiro de 2019). «Beyond muscle: the effects of creatine supplementation on brain creatine, cognitive processing, and traumatic brain injury». European Journal of Sport Science (em inglês) (1): 1–14. ISSN 1746-1391. doi:10.1080/17461391.2018.1500644. Consultado em 22 de julho de 2022
- ↑ Carvalho, Ana Paula Perillo Ferreira; Molina, Guilherme Eckhardt; Fontana, Keila Elizabeth (agosto de 2011). «Suplementação com creatina associada ao treinamento resistido não altera as funções renal e hepática». Revista Brasileira de Medicina do Esporte (4): 237–241. ISSN 1517-8692. doi:10.1590/s1517-86922011000400004. Consultado em 22 de julho de 2022
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- ↑ Lanhers, C.; Pereira, Bruno; Naughton, G.; Trousselard, M.; Lesage, F.; Dutheil, F. (2015). «Creatine Supplementation and Lower Limb Strength Performance: A Systematic Review and Meta-Analyses». Sports Medicine. doi:10.1007/s40279-015-0337-4. Consultado em 22 de julho de 2022
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- ↑ Wallimann, T; Wyss, M; Brdiczka, D; Nicolay, K; Eppenberger, H M (1 de janeiro de 1992). «Intracellular compartmentation, structure and function of creatine kinase isoenzymes in tissues with high and fluctuating energy demands: the 'phosphocreatine circuit' for cellular energy homeostasis». Biochemical Journal (em inglês) (1): 21–40. ISSN 0264-6021. doi:10.1042/bj2810021. Consultado em 22 de julho de 2022
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- ↑ «Creatine Journal» (em inglês)
- ↑ Anvisa - Agência sensibiliza produtores de alimentos para atletas.
- ↑ Anvisa libera suplemento que aumenta massa muscular.
- ↑ «Teste reprova 25 marcas de creatina. Confira se a sua está entre elas | Metrópoles». www.metropoles.com. 16 de maio de 2024. Consultado em 12 de julho de 2024