Crônica de ZuquenimA Crônica de Zuquenim (português brasileiro) ou Crónica de Zuquenim (português europeu) (Zuqnin), também conhecida pela designação atualmente obsoleta de Crônica do Pseudo-Dionísio de Tel-Mare, é uma crônica escrita em siríaco sobre os eventos da Criação até 775 d.C. Seu nome deriva do mosteiro de Zuquenim, perto da cidade de Amida (atual Diarbaquir). O trabalho é preservado em um único manuscrito (Cod. Vat. 162) que atualmente está no Vaticano. Nenhuma recensão ou cópia é conhecida.[1] Existe em quatro partes. A primeira parte narra os acontecimentos até a época de Constantino e está em um sumário principal da Crônica Eusebiana; a segunda chega a Teodósio II e mantem-se próxima da História Eclesiástica de Sócrates de Constantinopla; a terceira estende-se até Justino II e reproduz a segunda parte da História de João do Éfeso (esta trecho da obra de João havia sido perdida);[2] a quarta não é uma compilação como as demais, mas um trabalho original do autor, e chaga até 774-775, aparentemente a data em que estava sendo escrita.[3] A quarta parte da crônica fornece uma detalhada referência da vida dos habitantes dhimmi da Mesopotâmia, Egito e Palestina durante a conquista muçulmana da Síria. A historiadora do Oriente Médio, Bat Ye'or, descreve o conteúdo da quarta parte:
Originalmente Assemani atribuiu a Dionísio de Tel Mare, outro cronologista siríaco do fim do século VIII (dai "Crônica de Pseudo-Dionísio", um nome agora obsoleto). Na publicação da quarta parte por M. Chabot, foi descoberto e claramente provado por Theodor Nöldeke, e Nau, que a opinião de Assemani foi um erro, e que a crônica em questão era o trabalho de um escritor anterior, um monge do convento de Zuquenim. Este monge era um estilita chamado Josué. O autor era um amador, não um historiador de profissão. Seu objetivo era a instrução moral, não a história como tal, e ele foi acusado de plágio. No entanto, ele foi honesto, ou tentou ser honesto, no que ele contou.[4] Referências
Bibliografia
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