CorpuscularismoCorpuscularismo é uma teoria física que supõe que toda a matéria é composta por partículas minúsculas. A teoria tornou-se importante no século XVII, entre seus principais líderes estão René Descartes, Pierre Gassendi, Isaac Newton, Robert Boyle e John Locke.[1] DescriçãoO corpuscularismo é semelhante à teoria do atomismo, exceto no ponto em que diz que os átomos são indivisíveis; no caso dos corpúsculos eles poderiam, em princípio, serem divididos. Desta forma foi teorizado, por exemplo, que o mercúrio poderia penetrar dentro dos metais e modificar sua estrutura interna, um passo no caminho para a produção de ouro por transmutação. O corpuscularismo foi associado pelos seus próprios líderes da ideia de que algumas propriedades que os materiais parecem ter são artefatos que nossa mente percebe: qualidades "secundárias" distinguidas de qualidades "primárias". Esta teoria foi dominante durante anos, Galileu escreveu sobre ela assim como Descartes e acabou se misturando com a alquimia no século XVII pelos cientistas Robert Boyle e Isaac Newton. Em seu trabalho, The Sceptical Chymist (1661) Boyle abandonou as ideias aristotélicas dos elementos clássicos em favor do corpuscularismo. Em sua obra posterior, A Origem das Formas e Qualidades (1666), Boyle usou o corpuscularismo para explicar todos principais conceitos aristotélicos, o que marcou o aristolelismo tradicional. Thomas Hobbes utilizou da teoria do corpuscularismo para justificar suas teorias políticas no seu famoso livro Leviatã.[2][3] Foi utilizado por Isaac Newton em seu desenvolvimento sobre a teoria corpuscular da luz; e por Boyle para desenvolver sua filosofia corpuscular mecânica, que estabeleceu bases para a Revolução Química.[4] Importância para o desenvolvimento da teoria científica modernaVários dos princípios que o corpuscularismo propôs tornaram-se princípios da química moderna; por exemplo:
Referências
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