Cooperação Sino-Soviética (1921–1945)

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Aliança KMT-URSS
Cooperação Sino-Soviética
1921 – 1946
Cooperação Sino-Soviética
Cooperação Sino-Soviética
Membros da Cooperação (até a Divisão Nanjing-Wuhan)

União Soviética União Soviética
Taiwan Governo Nacional de Guangzhou
China Territórios do Partido Comunista da China


Primeira Frente Unida (1924 - 1927)
União Soviética União Soviética
Taiwan Governo Nacional de Nanquim
Taiwan Governo Nacional de Wuhan
China Territórios do Partido Comunista da China


Segunda Frente Unida (1937 - 1946)
União Soviética União Soviética (Partir de 1941)
China Territórios do Partido Comunista da China (Partir de 1937)
Taiwan República da China

Capital Não especificada
Governo Não especificado
História
 • 1921 Reconhecimento soviético da China Nacionalista
 • 1946 Revolução Comunista Chinesa

Entre os anos de 1921 até a eclosão da Revolução Comunista Chinesa em 1946, os territórios da República da China controlados pelo Partido Nacionalista da China e a União Soviética, gerida pelo Partido Comunista da União Soviética, manteram uma cooperação econômica, militar e diplomática.[1][2][3] Apesar do apoio soviético ser direto aos nacionalistas, estes recursos, bem como suprimentos e armas eram revezados com o Partido Comunista da China, sob tutela nacionalista até 1º de Agosto de 1927, com o ínicio da Guerra Civil Chinesa.

Antecedentes

Revolução Chinesa (1911)

Em 10 de Outubro de 1911, se inicia a Revolução Xinhai que depõe o imperador chinês Pu Yi e dá inicio a República da China.[4] Após o golpe de estado de Yuan Shikai e sua tentativa de restauração da monarquia na China, se inicia a Era dos senhores da guerra e o Governo de Beiyang (República da China controlada agora pelos senhores da guerra).[5] O líder do Partido Kuomintang (ou Partido Nacionalista da China), Sun Yat-sen, dá inicio a Segunda Revolução e cria em 1917 um estado revolucionário no sul da China, chamado de Junta de Proteção Constitucional que em 1921 viraria o Governo da República da China em Guangzhou.[6][7]

Revolução Russa (1917)

Em 1917, após a Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendário ocidental), o imperador russo, Nicolau II da Rússia, foi deposto e um governo provisório foi estabelecido. Todavia, este governo foi dissolvido com a Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental) pelo líder do Partido Bolchevique, Vladmir Lenin, que fundou a União Soviética em 1922 a partir dos territórios russos capturados e não-russos, como a Ucrânia e Biélorussia, controlados pelo Exército Vermelho.[8]

Relação entre o Governo de Beiyang e a União Soviética

Em 1917, a República da China sob controle dos senhores da guerra concordou em intervir na Guerra Civil Russa e enviar militares para Vladivostok.[9] Durante a Guerra Anti-Fengtian ou apenas Terceira Guerra Zhili-Fengtian, a União Soviética enviou apoio para as forças que eram contra a Camarilha Fengtian, facção que controlava o governo de Beiyang, na Manchúria.[2]

Inicio da Cooperação

No letreiro em russo diz: "Clube de Amizade entre China e URSS" (c. 1924)

Relação KMT-URSS

O Governo em Cantão da República da China e a União Soviética, liderados respectivamente por Sun Yat-sen e Vladmir Lenin, viam ambos como estados revolucionários, e a partir de 1921, após a fundação do Partido Comunista da China, ambos os lados passaram a se apoiar mutuamente. A União Soviética por sua parte, revogou e renunciou as suas posses e reivindicações sobre a China além de enviar apoio e treinamento militar para a recém fundada Academia Militar de Whampoa em 1924.

Relação KMT-PCCh

A Maior parte do núcleo de membros que formou e moldou o Partido Comunista da China, como Mao Zedong ou Zhou Enlai, participavam ativamente das atividades do Partido Nacionalista da China.[10][11][12] Muito dos equipamentos adquiridos pelo Partido Comunista eram repassados pelos nacionalistas, já que a União Soviética, após a morte de Lênin, diminuiu o apoio comunista e tentou focar em se reerguer após a Guerra Civil Russa e a tomada de Chiang Kai-Shek.[13]

Primeira Frente Unida

Impacto da Morte de Vladmir Lenin (1924)

Após a morte de Vladmir Lênin em Janeiro de 1924, o novo líder da União Soviética, Joseph Stalin, considerou que o Partido Comunista da China integrasse em uma aliança de fato com o Partido Nacionalista, o que virou a Primeira Frente Unida,[14] e que ele tentasse se desenvolver melhor para ter uma autonomia dos nacionalistas. No entanto, o Partido Comunista não estava pronto para se desenvolver militarmente e era extremamente dependente dos territórios capturados pelos nacionalistas, que se baseavam apenas em algumas províncias ao sul da China.[15]

Impacto da Morte de Sun Yat-sen (1925)

Com a morte de Sun Yat-sen em Março de 1925, o 2º Congresso Nacional do Kuomintang em suas 4ª e 5 ª sessões, declarou o general Chiang Kai-shek como o novo secretário-geral do Partido Nacionalista.[13] Chiang Kai-Shek apesar de possuir vínculos com o pensamento e a luta socialista, em sua forma econômica, ele era socialmente a politicamente um conservador e auto-declarado fascista, todavia, este tópico é extramente discutível e ainda é debatido entre acadêmicos.[16][17] Uma vez que os membros do Partido Nacionalista tentaram remover-lo, foram acusados de serem contrarrevolucionários, como a esposa de Sun Yat-sen, a viuva Soong Ching-ling, o jovem Li Jishen, fundador do futuro Comitê Revolucionário do Partido Kuomintang da China, além dos veteranos da Revolução Xinhai, Wang Jingwei e Lin Sen, que após várias intrigas, retornaram ao partido; com exceção de Wang Jingwei que tentou várias vezes se desvincular de Chiang Kai-Shek até sua morte como líder do governo colaboracionista japonês.[18][19][20]

Chiang Kai-Shek entrou em conflito com o Partido Comunista da China em Agosto de 1927 e a Guerra Civil Chinesa, devido ao Massacre de Xangai, cujo Chiang Kai-Shek alegava que os comunistas estavam atrapalhando a revolução e em resposta os comunistas declararam a República Soviética da China em 1931, com apoio da União Soviética.[21]

Primeira Fase da Guerra Civil Chinesa

Relação entre Chiang Kai-Shek e Joseph Stalin

A Relação entre Chiang Kai-Shek e Joseph Stalin era consideravelmente neutra.[carece de fontes?]

Segunda Guerra Mundial

Segunda Frente Unida (1937 - 1946)

Segunda Fase da Guerra Civil Chinesa

Rompimento da relação entre a República da China e União Soviética

A Partir de 1945, com a administração soviética na Manchúria entregando apoio a os territórios controlados pelo Partido Comunista, a República da China formalmente rompeu suas relações com a União Soviética e passou a ser apoiada pelos Estados Unidos. Embora a aliança com os Estados Unidos fosse extremamente interesseira, uma vez que os interesses do Partido Nacionalista não eram de acordo com os americanos e vice-versa.[carece de fontes?]

Relação entre Mao Zedong e Joseph Stalin

A Relação entre Mao Zedong e Joseph Stalin é descrita como problemática no que se diz em ser aliados.[22] Mao Zedong por várias vezes acusou a União Sovietica de Stalin como Imperialismo, o que é melhor detalhado no seu pensamento sobre o Imperialismo social.[23] Além disso, Stalin tinha muitos receios sobre Mao, principalmente porque os pensamentos de Mao Zedong eram fundados nos de Sun Yat-sen e em sua própia versão sobre os Três Princípios do Povo a partir do Comunismo, que ficou conhecido como Neotridemismo dentro do pensamento maoísta.[11]

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Referências

  1. Pang, Laikwan (2024). One and all: the logic of Chinese sovereignty. Stanford, California: Stanford University Press 
  2. a b «Internationalism in the Labour Movement 1830-1940». Brill (em inglês). 1 de dezembro de 1988. ISBN 978-90-04-62500-6. doi:10.1163/9789004625006. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  3. Waldron, Arthur; Cull, Nicholas J. (agosto de 1995). «'Modern Warfare in China in 1924–1925': Soviet film propaganda to support Chinese Militarist Zhang Zuolin». Historical Journal of Film, Radio and Television (em inglês) (3): 407–424. ISSN 0143-9685. doi:10.1080/01439689500260291. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  4. Esherick, Joseph; Wei, C. X. George (17 de dezembro de 2013). China: How the Empire Fell (em inglês). [S.l.]: Routledge 
  5. «Yuan Shikai | Chinese President & Warlord | Britannica». www.britannica.com (em inglês). 12 de setembro de 2024. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  6. «3.3.32. Photo: Dr. Sun Yat-sen and Soong Ching-ling at Army and Navy Marshal stronghold of the Repub». www.sunyat-sen.org. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  7. Sutton, Donald S. (fevereiro de 1979). «Militarism in Modern China: The Career of Wu P'ei-fu, 1916–39. By Odoric Y. K. Wou. Folkestone, Kent: Dawson and Sons [for] Australian National University Press. Studies of the East Asian Institute, Columbia University, 1978. 349 pp. Notes, Figures, Appendixes, Bibliography, Index. $22.50.». The Journal of Asian Studies (em inglês) (02): 338–340. ISSN 0021-9118. doi:10.1017/S0021911800141828. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  8. Mawdsley, Evan (2007). The Russian Civil War (em inglês). [S.l.]: Pegasus Books 
  9. Nyíri, Pál; Breidenbach, Joana (2005). China inside out: contemporary Chinese nationalism and transnationalism. Budapest New York: Central European University Press 
  10. Smith, Steve (dezembro de 2006). «Marxism in the Chinese Revolution. By ARIF DIRLIK [Lanham, Boulder, New York, Toronto and Oxford: Rowman and Littlefield Publishers, 2005. x + 330 pp. £49.00. ISBN 0-7425-3069-8.]». The China Quarterly (em inglês): 1140–1142. ISSN 1468-2648. doi:10.1017/S0305741006330639. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  11. a b «ON NEW DEMOCRACY». www.marxists.org. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  12. Borchard, Edwin (janeiro de 1947). «Problems of the Peace: Interim Proceedings of the Institute of World Affairs. Volume XXI. Edited by Charles E. Martin and Rufus B. Von Kleinsmid. California: University of Southern California; 1944-45. Pp. xii, 123.». American Journal of International Law (em inglês) (1): 353–353. ISSN 0002-9300. doi:10.1017/S0002930000086152. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  13. a b Rothacher, Albrecht (1 de junho de 2009). «Jonathan Fenby. Generalissimo Chiang Kai Shek and the China he lost». Asia Europe Journal (em inglês) (2): 377–384. ISSN 1612-1031. doi:10.1007/s10308-008-0222-y. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  14. Opper, Marc (2019). People's Wars in China, Malaya, and Vietnam (em inglês). [S.l.]: University of Michigan Press 
  15. SMITH, STEVE (dezembro de 2006). «Marxism in the Chinese Revolution. By ARIF DIRLIK [Lanham, Boulder, New York, Toronto and Oxford: Rowman and Littlefield Publishers, 2005. x + 330 pp. £49.00. ISBN 0-7425-3069-8.]». The China Quarterly: 1140–1142. ISSN 0305-7410. doi:10.1017/s0305741006330639. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  16. Tsui, Brian (19 de abril de 2018). China's Conservative Revolution: The Quest for a New Order, 1927–1949 (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press 
  17. JORDAN, DONALD A. (31 de março de 2019). The Northern Expedition. [S.l.]: University of Hawaii Press 
  18. Chor, So Wai (abril de 2002). «The Making of the Guomindang's Japan Policy, 1932-1937: The Roles of Chiang Kai-shek and Wang Jingwei». Modern China (em inglês) (2): 213–252. ISSN 0097-7004. doi:10.1177/009770040202800203. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  19. Xu, Aymeric (janeiro de 2020). «Mapping Conservatism of the Republican Era: Genesis and Typologies». Journal of Chinese History 中國歷史學刊 (em inglês) (1): 135–159. ISSN 2059-1632. doi:10.1017/jch.2019.35. Consultado em 17 de outubro de 2024 
  20. Tsui, Brian (19 de abril de 2018). China's Conservative Revolution: The Quest for a New Order, 1927–1949 (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press 
  21. Lee, Feigon (2002). Mao: a reinterpretation. Chicago: Ivan R. Dee 
  22. «Reflections on Fascism and Communism | Workers' Liberty». www.workersliberty.org (em inglês). Consultado em 17 de outubro de 2024 
  23. «1964: On Khrushchov's Phoney Communism and Its Historical Lessons for the World». www.marxists.org. Consultado em 17 de outubro de 2024