Cooperação Sino-Soviética (1921–1945)
Entre os anos de 1921 até a eclosão da Revolução Comunista Chinesa em 1946, os territórios da República da China controlados pelo Partido Nacionalista da China e a União Soviética, gerida pelo Partido Comunista da União Soviética, manteram uma cooperação econômica, militar e diplomática.[1][2][3] Apesar do apoio soviético ser direto aos nacionalistas, estes recursos, bem como suprimentos e armas eram revezados com o Partido Comunista da China, sob tutela nacionalista até 1º de Agosto de 1927, com o ínicio da Guerra Civil Chinesa. AntecedentesRevolução Chinesa (1911)Em 10 de Outubro de 1911, se inicia a Revolução Xinhai que depõe o imperador chinês Pu Yi e dá inicio a República da China.[4] Após o golpe de estado de Yuan Shikai e sua tentativa de restauração da monarquia na China, se inicia a Era dos senhores da guerra e o Governo de Beiyang (República da China controlada agora pelos senhores da guerra).[5] O líder do Partido Kuomintang (ou Partido Nacionalista da China), Sun Yat-sen, dá inicio a Segunda Revolução e cria em 1917 um estado revolucionário no sul da China, chamado de Junta de Proteção Constitucional que em 1921 viraria o Governo da República da China em Guangzhou.[6][7] Revolução Russa (1917)Em 1917, após a Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendário ocidental), o imperador russo, Nicolau II da Rússia, foi deposto e um governo provisório foi estabelecido. Todavia, este governo foi dissolvido com a Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental) pelo líder do Partido Bolchevique, Vladmir Lenin, que fundou a União Soviética em 1922 a partir dos territórios russos capturados e não-russos, como a Ucrânia e Biélorussia, controlados pelo Exército Vermelho.[8] Relação entre o Governo de Beiyang e a União SoviéticaEm 1917, a República da China sob controle dos senhores da guerra concordou em intervir na Guerra Civil Russa e enviar militares para Vladivostok.[9] Durante a Guerra Anti-Fengtian ou apenas Terceira Guerra Zhili-Fengtian, a União Soviética enviou apoio para as forças que eram contra a Camarilha Fengtian, facção que controlava o governo de Beiyang, na Manchúria.[2] Inicio da CooperaçãoRelação KMT-URSSO Governo em Cantão da República da China e a União Soviética, liderados respectivamente por Sun Yat-sen e Vladmir Lenin, viam ambos como estados revolucionários, e a partir de 1921, após a fundação do Partido Comunista da China, ambos os lados passaram a se apoiar mutuamente. A União Soviética por sua parte, revogou e renunciou as suas posses e reivindicações sobre a China além de enviar apoio e treinamento militar para a recém fundada Academia Militar de Whampoa em 1924. Relação KMT-PCChA Maior parte do núcleo de membros que formou e moldou o Partido Comunista da China, como Mao Zedong ou Zhou Enlai, participavam ativamente das atividades do Partido Nacionalista da China.[10][11][12] Muito dos equipamentos adquiridos pelo Partido Comunista eram repassados pelos nacionalistas, já que a União Soviética, após a morte de Lênin, diminuiu o apoio comunista e tentou focar em se reerguer após a Guerra Civil Russa e a tomada de Chiang Kai-Shek.[13] Primeira Frente UnidaImpacto da Morte de Vladmir Lenin (1924)Após a morte de Vladmir Lênin em Janeiro de 1924, o novo líder da União Soviética, Joseph Stalin, considerou que o Partido Comunista da China integrasse em uma aliança de fato com o Partido Nacionalista, o que virou a Primeira Frente Unida,[14] e que ele tentasse se desenvolver melhor para ter uma autonomia dos nacionalistas. No entanto, o Partido Comunista não estava pronto para se desenvolver militarmente e era extremamente dependente dos territórios capturados pelos nacionalistas, que se baseavam apenas em algumas províncias ao sul da China.[15] Impacto da Morte de Sun Yat-sen (1925)Com a morte de Sun Yat-sen em Março de 1925, o 2º Congresso Nacional do Kuomintang em suas 4ª e 5 ª sessões, declarou o general Chiang Kai-shek como o novo secretário-geral do Partido Nacionalista.[13] Chiang Kai-Shek apesar de possuir vínculos com o pensamento e a luta socialista, em sua forma econômica, ele era socialmente a politicamente um conservador e auto-declarado fascista, todavia, este tópico é extramente discutível e ainda é debatido entre acadêmicos.[16][17] Uma vez que os membros do Partido Nacionalista tentaram remover-lo, foram acusados de serem contrarrevolucionários, como a esposa de Sun Yat-sen, a viuva Soong Ching-ling, o jovem Li Jishen, fundador do futuro Comitê Revolucionário do Partido Kuomintang da China, além dos veteranos da Revolução Xinhai, Wang Jingwei e Lin Sen, que após várias intrigas, retornaram ao partido; com exceção de Wang Jingwei que tentou várias vezes se desvincular de Chiang Kai-Shek até sua morte como líder do governo colaboracionista japonês.[18][19][20] Chiang Kai-Shek entrou em conflito com o Partido Comunista da China em Agosto de 1927 e a Guerra Civil Chinesa, devido ao Massacre de Xangai, cujo Chiang Kai-Shek alegava que os comunistas estavam atrapalhando a revolução e em resposta os comunistas declararam a República Soviética da China em 1931, com apoio da União Soviética.[21] Primeira Fase da Guerra Civil ChinesaRelação entre Chiang Kai-Shek e Joseph StalinA Relação entre Chiang Kai-Shek e Joseph Stalin era consideravelmente neutra.[carece de fontes] Segunda Guerra MundialSegunda Frente Unida (1937 - 1946)Segunda Fase da Guerra Civil ChinesaRompimento da relação entre a República da China e União SoviéticaA Partir de 1945, com a administração soviética na Manchúria entregando apoio a os territórios controlados pelo Partido Comunista, a República da China formalmente rompeu suas relações com a União Soviética e passou a ser apoiada pelos Estados Unidos. Embora a aliança com os Estados Unidos fosse extremamente interesseira, uma vez que os interesses do Partido Nacionalista não eram de acordo com os americanos e vice-versa.[carece de fontes] Relação entre Mao Zedong e Joseph StalinA Relação entre Mao Zedong e Joseph Stalin é descrita como problemática no que se diz em ser aliados.[22] Mao Zedong por várias vezes acusou a União Sovietica de Stalin como Imperialismo, o que é melhor detalhado no seu pensamento sobre o Imperialismo social.[23] Além disso, Stalin tinha muitos receios sobre Mao, principalmente porque os pensamentos de Mao Zedong eram fundados nos de Sun Yat-sen e em sua própia versão sobre os Três Princípios do Povo a partir do Comunismo, que ficou conhecido como Neotridemismo dentro do pensamento maoísta.[11] Referências
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