Contabilidade rural
Como tal, estuda ativos (caixa, cabeças de gado, terra, tratores, fertilizantes, sementes, defensivos agrícolas etc.), passivos (empréstimos bancários, dívidas trabalhistas etc.) e patrimônio líquido (capital, reservas etc.). Como todo ramo de Contabilidade, a Contabilidade Rural tem características próprias. Por exemplo, as empresas que lidam com gado têm um ciclo operacional geralmente maior que um ano. Isto porque o gado leva um período de tempo maior do que um ano para nascer, crescer e estar com tamanho ideal para o abate. Com isto, o longo e o curto prazos para este tipo de empresa tornam-se maiores que os das empresas convencionais. Outra característica específica da Contabilidade Rural é a presença mais frequente da reserva de contingência nos balanços patrimoniais, por causa da vulnerabilidade do setor rural às incertezas do clima (geadas, seca, granizo etc.). HistóriaNo Brasil, de economia predominantemente rural nas primeiras décadas do século XX, havia o interesse por parte dos gestores e contadores de se estruturar e padronizar a contabilidade rural. No Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade de 1927 houve a apresentação da tese 33 de autoria de Percílio de Carvalho sob o título de "Uniformização da Contabilidade Agrícola", pela qual foi proposta uma classificação das contas contábeis das organizações rurais. A Comissão encarregada de apreciar a referida tese acabou por aprovar outra classificação, de autoria do relator Antonio Miguel Pinto. Essa dividia as contas em quatro grandes grupos: Capital (Fixo e Circulante), Exercício Agrícola (Receita e Despesa), Operações Comerciais (Débitos e Créditos) e Lucros e Perdas (Débitos e Créditos) [1]. Sobre as nomenclaturas Contabilidade Rural e Contabilidade Agrícola, o autor Erymá Carneiro não as considerava sinônimos, propondo os seguintes agrupamentos [1]:
Referências
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