Conrad Celtis
Conradus Celtis (Conradus Protucius, Konrad Celtes, Konrad Bickel) (Wipfeld am Main, perto de Schweinfurt, Baixa Francônia, 1 de Fevereiro de 1459 – Viena, 4 de Fevereiro de 1508) foi um historiador, poeta e humanista alemão. Foi colecionador de manuscritos em grego e latim quando exerceu o cargo de bibliotecário da biblioteca imperial fundada pelo imperador Maximiliano I. BiografiaFez seus primeiros estudos em Colônia e Heidelberg. Em Heidelberg teve como professores o príncipe-bispo de Worms, Johann von Dalberg (1445-1503)[1] e Rodolfo Agrícola (1443-1485). Durante algum tempo deu aulas sobre o humanismo durante suas viagens a Erfurt, Rostock e Leipzig. Posteriormente, lecionou em Roma, Florença, Bolonha e Veneza. O Eleitor Frederico III da Saxônia o apresentou ao imperador Frederico III, que nomeou Conrad Celtes Poeta Laureado[2] em seu retorno. Nessa grande assembleia cerimonial em Nuremberg, Celtes foi apresentado com grau de doutor. Por volta dessa época, fez uma viagem ensinando por todo o império. Posteriormente, viajou para Cracóvia onde, em 1488, se dedicou a matemática, astronomia, e às ciências naturais, tendo feito contactos com muitos outros humanistas tais como Lorenz Rabe (1465-1527)[3] e Bonacursius (1437-1496).[4] Ele também fundou uma sociedade literária, com base nas academias romanas.[5] A sede local da sociedade era chamada de Sodalitas Litterarum Vistulana.[6] Em 1490, ele novamente foi de Wrocław até Praga, capital do reino da Boêmia. Hartmann Schedel (1440-1514) usou as descrições de Wrocław feitas por Celtis em sua Crônica de Nuremberg.[7] Na Hungria, Celtis fundou a Sodalitas Litterarum Hungaria,[8] mais tarde conhecida como Sodalitas Litterarum Danubiana,[9] com sede em Viena. Fez paradas em Regensburg, Passau, (provavelmente também Mogúncia) e Nuremberg. Em Heidelberg, ele fundou a Sodalitas Litterarum Rhenana.[10] Mais tarde seguiu viagem para Lübeck e Ingolstadt. Em Ingolstadt, em 1492, ele fez um discurso que se tornou famoso para os estudantes daquela universidade, em que ele afirmava que os alemães rivalizavam com os italianos em cultura e nas letras. Esta declaração mais tarde se tornaria referência extremamente popular para os sentimentos nacionalistas dos alemães no século XVI. Nesse período, a peste assolava a cidade de Ingolstadt. Celtes lecionou em Heidelberg onde, nessa época, se tornou professor. Em 1497, Celtes foi chamado a Viena pelo Imperador Maximiliano I, que o homenageou como professor da arte da poesia e da conversação oferecendo-lhe um Privilegium imperial, o primeiro deste tipo. Lá ele deu aulas sobre os manuscritos dos escritores clássicos e, em 1502, fundou o Collegium Poetarum, destinado à formação de poetas. Celtes morreria de sífilis nessa cidade, alguns anos depois. ObrasComo escritor
Como editor
Ver também
Referências
Ligações externas
|