Conceição Queiroz
Conceição Queiroz (Moçambique, 1975) é uma jornalista de investigação desde 1994[1] e repórter da TVI/CNN.[2] PercursoAos 15 anos, durante o liceu, em Portugal, foi vítima de um episódio de racismo onde uma professora da cadeira de Psicologia, durante o teste onde se verificava para que área cada pessoa estava vocacionada, considerou que Conceição era a a única pessoa que não estava vocacionada para nada, dizendo-lhe que nunca iria ser ninguém na vida e que nem sequer terminaria o ensino secundário.[3][2] Licenciada em Sociologia no Instituto Universitário de Lisboa – ISCTE e em Política Social, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade Técnica de Lisboa[4], é mestre em História Moderna e Contemporânea do Instituto Universitário de Lisboa – ISCTE, e está a fazer um doutoramento em Estudos Portugueses, com especialização em Literatura, na Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.[2] Em 1994 tirou a carteira profissional de jornalismo, mas já trabalhava clandestinamente, quando foi obrigada a pagar uma multa.[5] Acabou por escolher a profissão de jornalista quando, no primeiro ano da faculdade, começou a fazer rádio. Mais tarde, entrou na Rádio Clube Português e no grupo Semanário.[6] Foi, também, diretora de Informação da Televisão de Cabo Verde.[7] Enquanto mulher negra, lutou contra os estereótipos raciais no telejornalismo. Foi vítima de comentários machistas, xenofóbicos e racistas. Passou a utilizar as redes sociais para denunciar os ataques de que é alvo diariamente, tendo enfrentado e superado a discriminação e o racismo.[8][9] Em 2020, Conceição Queiroz emocionou-se ao apresentar a notícia da morte de George Floyd, afro-americano de 46 anos que morreu após um polícial se ter ajoelhado sobre o seu pescoço, até este ficar inconsciente, e não conseguiu acabar de ler o texto que lançava a notícia. Em 3 de Maio de 2021, foi alvo de agressões racistas no exercício das suas funções como jornalista da TVI em ataques que aconteceram em direto quando fazia uma reportagem no exterior.[9] Reconhecimento e prémiosEm 2011, o seu trabalho sobre cancro no intestino venceu um prémio da Liga Portuguesa Contra o Cancro.[10] Em 2018, Ganhou o Prémio Maria Barroso – Jornalismo ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento[6] [11] Escolhida entre as 100 personalidades negras influentes da lusofonia na primeira edição da 100 Power List (2021), iniciativa da revista digital Bantumen em parceria com a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural em Lisboa. [12] Em 2020, foi nomeada para integrar o programa “Edward R. Murrow Program For Journalists – Reasearch and Investigation”, com o tema "Jornalismo de investigação", ação que reuniu profissionais de todo o mundo para examinar as práticas jornalísticas nos Estados Unidos.[13] Ainda em 2020, foi nomeada para os Prémios Mais Alentejo, na categoria “Mais Jornalismo”.[13] ObrasEntre as suas obras encontram-se: [14]
Escreveu a peça de teatro “Tu e Eu” que esteve em cena no Teatro da Comuna em Lisboa (2013). Escreveu e realizou ainda duas curtas-metragens para cinema.[4] Referências
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