Companhia da Costa da GuinéA Companhia da Costa da Guiné, também referida como Companhia do Porto de Palmida, foi uma empresa monopolista, fundada em Portugal. HistóriaÀ época da Dinastia Filipina, a "Relação" de 1582 de autoria do sargento-mor Francisco de Andrade — personagem da elite da ilha de Santiago em Cabo Verde e "prático dos Rios de Guiné" — dirigida a Filipe II de Espanha nada informava sobre o resgate de escravos no rio Senegal, um indício do abandono a que aquele trecho do litoral africano estava votado. A costa a norte do cabo Verde até àquele rio deixara de ser, oficialmente, um espaço de comércio, sendo então o chamado "resgate" praticado por Franceses, de acordo com o testemunho de Donelha, um século mais tarde. É nesse contexto que se delineia o projeto de alguns particulares, em 1664, para o estabelecimento de uma feitoria na foz do rio Palmida. Dele temos notícia por um curto apontamento anónimo, anexo a uma consulta do Conselho Ultramarino:
Desse modo, a Provisão de 1 de Setembro de 1664 autorizou o comércio no porto de Palmida, pelo prazo de oito anos, a dois irmãos de apelido Martins. Um parecer do Conselho da Fazenda de 1671, preparatório da Companhia de 1675 recomendava ao soberano a audiência de Manuel da Costa Martins visto que "contratou nos tempos passados, outra tal companhia nesta mesma costa, e com effeito armou hu navio com que deu prençipio ao resgate, e se suspendeo por hum accidente que ouue ficando porem com muitas notiçias deste mesmo negoçio..."[1] A Companhia do Porto de Palmida, em 1664, constituiu a primeira de que há notícia para a África Ocidental. Seria substituída, pouco depois, pela Companhia de Cacheu (1675). Notas
Bibliografia
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