Companhia Riograndense de Mineração
A Companhia Riograndense de Mineração (CRM) é uma empresa gaúcha de economia mista e controlada pelo governo do estado do Rio Grande do Sul. É detentora de um potencial de mais de 3 bilhões de toneladas de reservas de carvão mineral in situ (no local de origem). Essas reservas estão divididas em áreas em fase de pesquisa ou já com titulação de lavra. HistóriaVisando a exploração industrial e comercial do carvão mineral no solo gaúcho, assim como seu beneficiamento para abastecer a Viação Férrea do Rio Grande do Sul, foi criado em 1947 o Departamento Autônomo de Carvão Mineral (DACM).[3] Com a necessidade de maior flexibilidade operacional devido às perspectivas de aumento da produção, em outubro de 1969 o DACM transformou-se na Companhia Riograndense de Mineração (CRM). A empresa é uma sociedade de economia mista vinculada à Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do Estado do Rio Grande do Sul.[3] MinasMina do Leão ISituada no município de Minas do Leão, às margens da BR-290, a mina iniciou sua operação em 1963, através do poço P1, com 125 metros de profundidade. Os trabalhos no subsolo pararam em 2002 devido, principalmente, aos altos custos da mineração.[4] Hoje a mina produz a partir da área da Boa Vista, mina a céu aberto que emprega equipamentos tradicionais de terraplanagem em seus trabalhos. Está a 5 Km do poço P1, junto ao qual ainda está instalado o lavador de carvão "Eng. Eurico Rômulo Machado" e para onde o carvão extraído é transportado a fim de sofrer beneficiamento. Esta planta tem capacidade de beneficiar até 120 t/h de carvão bruto.[4] Mina do Leão IILocaliza-se no município de Minas do Leão, distante apenas 6 Km ao norte da Mina do Leão I. A infra-estrutura existente no local, construída na década de 1980, constitui-se de dois túneis inclinados de acesso à camada de carvão; seis quilômetros de galerias no subsolo; silos subterrâneos para carvão; poço de ventilação com 220 metros de profundidade; prédios com 10.000 m2 de área útil e equipamentos diversos para a lavra e beneficiamento do carvão, que tiveram um investimento de US$ 270 milhões em valores atualizados para 2024 ou US$ 70 milhões em valores da época[5].[4] A CRM, no ano de 2002, assinou um contrato de arrendamento desta mina com a Carbonífera Criciúma S.A. por um prazo de 30 anos. A empresa arrendatária teria um prazo de 4 anos para iniciar a operação da mina, sendo que a CRM teria direito aos royalties decorrentes da venda do carvão produzido. O contrato foi encerrado em 31 de agosto de 2016 sem a mina ter sido posta em funcionamento. A Mina possui reservas de 120 milhões de toneladas de carvão mineral e capacidade de extrair e beneficiar 1 milhão de toneladas anuais. [6] Mina de CandiotaFica no Município de Candiota, a 400 km ao sul de Porto Alegre, na maior jazida de carvão mineral do Brasil. As reservas de carvão passíveis de serem mineradas a céu aberto, em profundidades de até 50 metros, são da ordem de 1 bilhão de toneladas. A CRM vem minerando a céu aberto nessa região desde 1961, objetivando a produção de carvão termelétrico. A produção, hoje na faixa de 1,7 milhões de toneladas de carvão por ano, abastece a Usina Termelétrica Candiota III, CGT Eletrosul, de 350MW instalados.[4] A mineração a céu aberto é realizada utilizando uma escavadeira dragline para a descobertura do carvão. A unidade de britagem, com capacidade total de 800t/h, funciona em duas linhas independentes. O transporte do carvão entre a unidade de britagem e a usina termelétrica é feito através de uma correia transportadora com 2,3 km de extensão.[4] O carvão extraído é do tipo CE3100, com poder calorífico de 3100 Kcal/Kg e com 54% de cinzas [7]. Recentemente a CRM vem desenvolvendo a utilização, a nível industrial, das enormes reservas de argilas de alta qualidade existentes em Candiota. Nas áreas onde está sendo extraído o carvão, a argila pode ser minerada a baixíssimos custos, possibilitando a instalação de indústrias cerâmicas de grande porte na região. Produtos cerâmicos desenvolvidos em projetos conjuntos com a Província de Shiga (Japão), utilizando argila e cinzas geradas pela queima do carvão, provaram as excelentes qualidades destes materiais. Jazida de IruíLocalizadas na Bacia Sedimentar do Baixo Jacuí, as concessões da CRM na Jazida do Iruí iniciam no Km 240 da BR-290 e estendem-se até o Km 265, abrangendo os municípios de Cachoeira do Sul, Rio Pardo e Encruzilhada do Sul. A mina do Iruí, a céu aberto, explorou parte desta jazida na década de 80.[4] Ligações ExternasCompanhia Riograndense de mineração Referências
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