Comissão Interministerial para os Recursos do MarA Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) é um órgão do governo brasileiro para a coordenação das políticas costeiras e marítimas. Ele conecta representantes dos ministérios, governos estaduais e municipais, instituições de pesquisa e entes privados envolvidos na implementação das políticas do setor, que não é centralizada.[1] A Comissão assessora o Presidente da República na execução da Política Nacional de Recursos do Mar (PNRM) e propõe suas linhas gerais e possíveis mudanças. A PNRM é executada através dos Planos Setoriais para os Recursos do Mar (PSRM), editados a cada quadriênio, para os quais ela desenvolve e acompanha programas comuns e setoriais.[2][3] Desta forma, ela é um dos principais responsáveis pela governança oceânica no Brasil.[4] A CIRM foi instituída em 1974 sob a coordenação do então ministro da Marinha, atual comandante da Marinha do Brasil, representado por um oficial da ativa que também ocupa a chefia da Secretaria (SECIRM).[2] A Secretaria tem autonomia na contratação de pessoal técnico e administrativo.[1] Os ministérios participantes da Comissão em 2019 eram os da Justiça e Segurança Pública, Defesa, Relações Exteriores, Economia, Infraestrutura, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Educação, Cidadania, Saúde, Minas e Energia, Ciência, Tecnologia e Inovação, Meio Ambiente, Turismo e Desenvolvimento Regional, além da Casa Civil da Presidência da República.[5] O foco dos programas desenvolvidos nos PSRM é historicamente a geração de conhecimento sobre o ambiente marinho e a qualificação de recursos humanos. Os programas científicos nos arquipélagos de São Pedro e São Paulo e Trindade e Martim Vaz, que asseguram a zona econômica exclusiva brasileira ao redor dessas ilhas, são exemplos de iniciativas geridas pela CIRM.[3] Ela também implementa o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) e o Plano de Levantamento da Plataforma Continental (Leplac),[5] que deu o fundamento técnico às propostas de extensão da plataforma continental do Brasil.[3] Referências
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