Nota: Para o santo irlandês de mesmo nome, veja
Columbano .
Nota: Se procura outros significados de Bordalo Pinheiro, veja
Bordalo Pinheiro .
Columbano Bordalo Pinheiro (Cacilhas , 21 de novembro de 1857 — Lisboa , 6 de novembro de 1929 ) foi um pintor naturalista e realista português .
Biografia
Assento de baptismo de Columbano Bordalo Pinheiro, datado de 26 de Maio de 1858. Paróquia de São Tiago , Almada .
Columbano era o quarto filho do escultor e também pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro e de sua esposa Augusta Maria do Ó Carvalho Prostes. Entre seus irmãos estava o caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro e a artista Maria Augusta Bordalo Pinheiro . Iniciou a sua formação na Academia de Belas-Artes de Lisboa , onde foi aluno de Simões de Almeida , um afamado escultor do romantismo português.
Anos após completar a sua formação, rumou a Paris , beneficiado por uma bolsa de estudos custeada pelo rei consorte D. Fernando II de Portugal , já viúvo da rainha D. Maria II de Portugal . Ali ele recebeu a influência de pintores como Manet e Edgar Degas , sendo esta notável na sua obra.
Na "cidade-luz", Columbano representou-se, em 1882 , numa grande exposição, no famoso "Salon de Paris ". Nesta apresentou ao público, maioritariamente burguês , o quadro Soirée chez Lui , surpreendentemente aclamado pela difícil crítica de artes parisiense.
De regresso a Portugal , juntou-se ao "Grupo do Leão ", o qual tencionava renovar a estética das composições na arte do país. Deste período ficaram celebres os retratos de Ramalho Ortigão , Teófilo Braga , Eça de Queirós e Antero de Quental , por ele pintados. Para além disto, deu nova ênfase aos palácios lisboetas , ao pintar os painéis que se encontram na sala de recepções do Palácio de São Bento , os Painéis dos Passos Perdidos . Foi também pintor de História, sendo o autor de várias obras para o Museu Militar de Lisboa , designadamente de Drama de Inês de Castro .
O Grupo do Leão , 1885. Museu do Chiado , Lisboa.
Tornou-se, em 1901 , professor de pintura histórica na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde se formara na sua juventude. Em 1914 , Bordalo Pinheiro foi nomeado pelo novo regime republicano , então recentemente instaurado, para o cargo de director do Museu Nacional de Arte Contemporânea (1911), sucedendo a Carlos Reis . Demitiu-se em 1927.
Foi colaborador artístico das revistas O António Maria [ 1] (1879-1885;1891-1898), Ilustração Popular [ 2] (1884), Lisboa creche: jornal miniatura [ 3] (1884), Atlantida [ 4] (1915-1920) e Contemporânea[ 5] (1915-1926).
A 23 de dezembro de 1919, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada . A 14 de fevereiro de 1920, foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem.[ 6]
Obras com artigos na Wikipédia
Galeria
Ver também
Lista de pintores de Portugal
Referências
Ligações externas