Há na coleção, em parte exposta na Sala Kumbukumbu, itens cotidianos e enfeites. Isso inclui: pentes, talheres, brinquedos e cestos. Também foram doados pela missionária três livros: uma Bíblia em formato reduzido, escrita em português e umbundu, de 1923; Higiene Tropical, de 1926; e as narrativas de Viovusenge, em umbundu, de 1916 (1916).[1]
Essa coleção exemplifica como, nas primeiras décadas do século XX, a atuação de missionários contribuiu para a construção da identidade Ovimbundu. A coleção constituída por Celenia Pires, predominantemente Ovimbundu, pode ser entendida a partir do acompanhamento da construção dessa identidade no contexto colonial, o que permite refletir sobre as pessoas e suas relações com os objetos do ponto de vista organizacional e não de uma unidade cultural atemporal.