Clorindo Burnier Pessoa de Mello

Clorindo Burnier
Nome completo Clorindo Burnier Pessoa de Mello
Nascimento 1871
Morte 31 de março de 1922 (51 anos)
Minas Gerais
Nacionalidade Brasil brasileiro
Ocupação Engenheiro e matemático

Clorindo Burnier Pessoa de Mello (1871 - Minas Gerais, 31 de março de 1922)[1] foi um engenheiro e um matemático brasileiro, fundador da Escola de Engenharia de Juiz de Fora.[2]

Biografia

Formou-se na Escola de Engenharia de Ouro Preto, lecionando nesta instituição e depois transferiu-se para Juiz de Fora, onde fundou uma fabrica de sabão e de velas com seu amigo engenheiro Rimes. Nomeado engenheiro do estado de Minas Gerais, foi mandado administrar os serviços de saneamento de Poços de Caldas, onde adquiriu tifo e quase faleceu. Bastante adoentado, retornou para Juiz de Fora onde foi lecionar resistência dos materiais cálculo infinitesimal na Escola Politécnica da Academia do Comércio, dirigida pelos padres alemães, homens honrados e bons, mas de personalidade muito diferente dos brasileiros. Com o surgimento de divergências entre os padres e os brasileiros, Clorindo e vários colegas decidiram se desligar da Escola e fundaram a Escola de Engenharia de Juiz de Fora em 1914. A nova instituição era pobre de recursos, os professores não recebiam pelo trabalho e os alunos eram humildes, não podendo pagar pelas aulas. Clorindo dedicou-se até o último dia de sua vida para a manutenção da Escola, usando seu minguado salário para manter a existência dela. Para tanto procurava mobilizar personalidades e políticos de Minas Gerais para auxílio da Escola. Clorindo participou acaloradamente das discussões em torno da troca dos padres alemães por padres brasileiros na cidade de Juiz de Fora após a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

Clorindo foi casado com Maria Gouvêa Pessoa de Mello, neta do Barão de Santa Fé. Tiveram como filhos César Gouvea Pessoa de Mello ( Cesar Burnier, Clorita Gouvêa Pessoa de Mello, Lourdes Gouvêa Pessoa de Mello e Mário Gouvêa Pessoa de Mello. Era ateu e materialista, dono de um caráter nobre e digno, vivamente interessado no progresso da sociedade em que vivia. Teve uma vida de martírio e sofrimento, morrendo em decorrência de uremia em 1922.

Referências

  1. MARTINS, JORGE DAMAS (2007). Um amor, muitas vidas. São Paulo, SP: Lachâtre. p. 45. ISBN 978-85-60223-05-3 
  2. NAVA, Pedro. Balão Cativo. Atelie Editorial, 2000, pág. 34-35.