Classe Liberté
A Classe Liberté foi uma classe de couraçados operada pela Marinha Nacional Francesa, composta pelo Liberté, Justice, Vérité e Démocratie. Suas construções começaram em 1902 e 1903 no Ateliers et Chantiers de la Loire, Forges et Chantiers de la Méditerranée e Arsenal de Brest e foram lançados ao mar entre 1904 e 1907, entrando em serviço em 1908. A classe foi encomendada como parte de um programa de expansão naval francês que tinha intenção de fazer frente à expansão naval da Marinha Imperial Alemã. Os navios originalmente seriam membros da Classe République, porém tiveram seus projetos levemente modificados para levarem uma bateria secundária mais poderosa.[1] Os quatro couraçados da Classe Liberté eram armados com uma bateria principal composta por quatro canhões de 305 milímetros montados em duas torres de artilharia duplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 135 metros, boca de 24 metros, calado de pouco mais de oito metros e um deslocamento carregado de quase quinze mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por 22 ou 24 caldeiras a carvão que alimentavam três motores de tripla-expansão, que por sua vez giravam três hélices até uma velocidade máxima de dezoito nós (33 quilômetros por hora). Os navios também tinham um cinturão de blindagem que tinha entre 180 e 280 milímetros de espessura.[2] Os navios tiveram carreiras em sua maior parte tranquilas durante os tempos de paz, consistindo principalmente em exercícios de treinamento, visitas a portos estrangeiros e revistas navais oficiais. O Liberté foi destruído em 1911 por uma explosão acidental em um de seus depósitos de munição. As embarcações sobreviventes escoltaram comboios de tropas vindas do Norte da África nos primeiros dias da Primeira Guerra Mundial em 1914, sendo depois designados para o Mar Adriático a fim de conter a Marinha Austro-Húngara. Eles participaram da Batalha de Antivari em agosto, afundando o cruzador SMS Zenta, porém pouco fizeram depois disso e não entraram mais em combate.[3] Os couraçados foram enviados para a Grécia em 1916 com o objetivo de pressionar o governo grego a entrar na guerra pelo lado dos Aliados, passando o resto do conflito atracados em Corfu devido a escassez de combustível. O Justice e o Démocratie foram para o Mar Negro após a guerra para supervisionarem a desmobilização de forças alemãs e russas, enquanto o Vérité ficou em Constantinopla para supervisionar a rendição otomana. Os três retornaram então para a França e foram descomissionados entre 1919 e 1920, sendo desmontados na Itália e na Alemanha em 1921. Os destroços do Liberté continuaram no porto de Toulon até serem erguidos e desmontados em 1925.[4] Referências
Bibliografia
Ligações externas
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