Clóvis Rossi
Clóvis Rossi (São Paulo, 25 de janeiro de 1943 — São Paulo, 14 de junho de 2019)[1] foi um jornalista brasileiro. BiografiaDescendente de italianos,[2] Rossi nasceu no bairro do Bixiga, filho de Olavo Rossi, vendedor de máquinas pesadas, e de Olga Favaron, artesã. Formou-se em jornalismo pela Fundação Cásper Líbero, e iniciou na carreira em 1963.[1] Jornalista com mais de 50 anos de carreira, trabalhou em três dos quatro grandes jornais do país: O Estado de S. Paulo, a Folha de S.Paulo e o Jornal do Brasil. Também exerceu suas atividades no antigo jornal carioca Correio da Manhã.[3] Foi editor-chefe do Estado de S. Paulo, participou de incontáveis coberturas internacionais tanto por O Estado de S.Paulo como pela Folha de S.Paulo. Clóvis Rossi trabalhou desde 1980 na Folha, pela qual foi correspondente em Buenos Aires e Madri. Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, Rossi publicou seu último texto em 12 de junho de 2019, intitulado “Boletim Médico”.[3] Tem textos publicados produzidos em todos os cinco continentes e um verdadeiro recorde de coberturas de transição do autoritarismo para a democracia: na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, toda a América Central, Espanha, Portugal e África do Sul. Rossi escreveu reportagens de grande repercussão no país durante os períodos de abertura política, aprovação da Constituição de 1988, posses de presidentes da República e mudanças da política externa brasileira.[3] Entre 2017 e 2019, atuou como colunista da Folha.[4] Teve ainda passagens pelas revistas Isto É e Autoesporte e pelo Jornal da República[3] (que circulou em São Paulo de 27 de agosto de 1979 a janeiro de 1980, sob a direção do jornalista Mino Carta[5]); e manteve blog no jornal espanhol El País.[3] Prêmios e honrariasClóvis ganhou os dois mais importantes prêmios jornalísticos para jornalistas da América Latina, o Maria Moors Cabot, concedido pela Columbia University, e o prêmio pelo conjunto da obra da Fundação para um Novo Jornalismo Iberoamericano, que recebeu das mãos do criador da Fundação, o Nobel Gabriel Garcia Márquez. É cavaleiro da Ordem do Rio Branco, conferida pelo governo brasileiro por decreto do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É também cavaleiro da Ordem do Mérito, atribuída pelo governo francês, durante a presidência de François Hollande. MorteO jornalista sofreu um infarto no dia 7 de junho de 2019, sendo internado no Hospital Albert Einstein em São Paulo. Ele fez duas angioplastias e recebeu cinco estentes, recebendo alta no dia 13.[6] No entanto, acabou passando mal em casa e faleceu no dia seguinte.[7] Vida pessoalClóvis Rossi era casado com Catarina Clotilde Ferraz, com a qual teve três filhos e três netos. Sua viúva foi coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo (2017). Referências
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