Ciríaco de Ganzaca
Ciríaco de Ganzaca (Կիրակոս Գանձակեցի; ca. 1200/1202 - 1271) foi um historiador armênio do século XIII.[1] Foi o autor de uma História dos Armênios, uma história que vai do século IV ao XII, acompanhada por uma descrição detalhada dos acontecimentos de sua época.[2] A obra concentra-se principalmente na história da Armênia medieval, do Cáucaso e do Oriente Próximo, e é uma fonte primária para o estudo das invasões mongóis; também contém a primeira lista atestada de palavras [[língua mongol|mongóis.[3] Foi traduzido nomeadamente para latim, francês e russo.[4] VidaCiríaco nasceu por volta de 1200 na região de Ganzaca (a moderna região azerbaijana de Ganja) na histórica Armênia e começou seus estudos no Mosteiro de Goxe[4] (onde conheceu e fez amizade com Vardanes de Arevel[5]). Aluno do vardapetes João Vanacã[6] (discípulo de Mequitar Goxe), acompanhou-o em 1215 com os seus colegas estudantes até o Mosteiro de Coranaxate, em Tavush. Durante as invasões mongóis da década de 1230, Ciríaco e seu mentor foram capturados em 1236.[2] Eles então serviram aos mongóis como secretários; durante este período, Ciríaco aprendeu mongol, o que lhe permitiu compilar uma lista de 55 palavras mongóis juntamente com o seu significado em armênio.[7] Durante o verão de 1236, Vanacã foi libertado mediante o pagamento de um resgate e Ciríaco conseguiu escapar; ambos retornam para Goxe.[8] Quando Vanacã morreu em 1251, Ciríaco retomou suas funções e tornou-se professor. Em 1255, foi recebido em audiência pelo rei da Cilícia Hetum I em Vardenis (Aragatsotn), retornando de uma visita ao grão-cã Mangu Cã (r. 1251–1259), e informou-o de suas atividades do vardapetes na região.[2] Além de algumas estadias na Cilícia,[6] Ciríaco permaneceu em Goxe até sua morte em 1271, onde foi enterrado. ObraCiríaco escreveu diversas obras, sendo a principal delas a sua História dos Armênios, iniciada em 19 de maio de 1241 e concluída em 1265. Cerca de 47 cópias dos 65 capítulos da História dos Arménios sobreviveram e estão preservadas no Matenadaran em Erevã, bem como em vários museus em Viena, Londres, Paris e São Petersburgo.[2] Ciríaco também escreveu um menológio (lista de santos).[9] Referências
Bibliografia
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