Cimeira ou simpódio são as designações dadas em botânica a um tipo de inflorescência definida, formada por crescimento simpodial do eixo floral, em que a flor terminal do eixo é a primeira a abrir, enquanto as demais se desenvolvem lateralmente.[1] Nestas inflorescências, o eixo floral principal termina numa flor, que ao consumir o meristema apical da ramificação faz com que esta deixe de crescer quando a flor abre. Contudo, mais abaixo no mesmo eixo, formam-se gemas que se desenvolvem em ramificações secundárias, as quais também terminam em flores, deixando também de crescer quando estas abrem. O processo pode repetir-se várias vezes, formando estruturas tridimensionais com morfologia distinta.
Classificação
As cimeiras podem ser classificadas segundo vários critérios morfológicos, nomeadamente:
Cimeira unípara ou monocásio — o eixo principal termina numa flor e desenvolve apenas uma ramificação florífera lateral, o mesmo que nas ramificações sucessivas.
Cimeira circinada ou escorpioide — as ramificações floríferas nascem sempre do mesmo lado da ramificação principal.
Drepânio — todas as ramificações estão num mesmo plano.
Cíncino — as ramificações laterais não estão todas num mesmo plano.
Cimeira helicoidal ou helicoide — os eixos laterais surgem alternadamente de um e outro lado do eixo principal.
Ripídio — as ramificações laterais estão todas num mesmo plano, atrás do eixo principal.
Botrix — as ramificações laterais não se situam todas num mesmo plano.
Cimeira dicotómica ou dicásio — os ramos laterais floríferos desenvolvem-se abaixo do ápice do eixo principal, o qual termina numa flor.
Dicásios paucifloros — apresentam poucas flores.
Dicásios multifloros — apresentam muitas flores.
Cimeira trípara — três ramificações laterais inseridos em cada ponto de ramificação do eixo principal.
Cimeira multípara — mais de três ramificações laterais inseridas em cada ponto de ramificação.