Em posição dominante na margem direita do rio Aude, a Sudeste da moderna cidade, constitui-se em um conjunto arquitetônico medieval, inscrito na lista do patrimônio mundial da Unesco desde 1997.
Origens e contexto
A primitiva ocupação do sítio da cidadela de Carcassona, no cruzamento do caminho entre Toulouse e Narbona e do que corre ao longo do Aude, remonta a povos Celtas, Galo-romanos e Visigodos. As fundações das suas casas e muralhas retratam com clareza essas sucessivas ondas de civilizações presentes ao longo dos séculos.
Durante a Idade Média foi defendida por um imponente conjunto de fortificações, ficando circundada por uma dupla linha de muralhas, que ainda hoje pode ser vista. O traçado irregular de suas ruas estreitas contrasta com a magnificência das muralhas e do castelo guarnecido por 59 torres e barbacãs, poternas e portas. Foram construídas entre os séculos IX e X ou de 890 a 910, respetivamente, devido aos ataques dos sarracenos.
1209 (Agosto) – Cruzada albigense: Carcassona, agora na posse dos cátaros, é capturada pelo exército de Simon de Monforte, que se auto-intitula o novo visconde. Acrescenta as fortificações. Carcassona está agora na fronteira entre França e Aragão.
1659 – o Tratado dos Pirenéus transfere a província do Rossilhão para França, e decresce assim a importância militar de Carcassona. A fortificação é praticamente abandonada
↑Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
↑Gradim, Anabela (2000). «9.7 Topónimos estrangeiros». Manual de Jornalismo. Covilhã: Universidade da Beira Interior. p. 167. ISBN972-9209-74-X. Consultado em 27 de março de 2020
↑Fernand Braudel, The Wheels of Commerce 1982, vol. II de Civilization and Capitalism, p 334