Christiane Amanpour
Christiane Maria Heideh Amanpour Embaixador(a) da boa vontade da UNESCO (Londres, 12 de janeiro de 1958; persa: کریستیان امانپور) é uma jornalista e apresentadora de televisão britânico-iraniana. Amanpour é âncora chefe internacional da CNN e apresentadora do programa noturno de entrevistas Amanpour da CNN International. Ela também é apresentadora do programa Amanpour & Company, uma versão com duração estendida de seu programa homônimo, no canal PBS. CarreiraNa CNNEm 1983, Amanpour foi contratada pela CNN como assistente internacional em Atlanta, Geórgia.[1] Durante seus primeiros anos como correspondente, Amanpour cobriu a Guerra Irã-Iraque, o que a levou a ser transferida em 1986 para a Europa Oriental onde cobriu a dissolução do Comunismo europeu.[1][2] Em 1989, foi transferida para Frankfurt, na Alemanha Ocidental, de onde trabalhou com reportagens sobre as revoluções democráticas que movimentavam o continente à época.[1] Já no início de 1990, Amanpour tornou-se correspondente em Nova Iorque. Após a ocupação do Kuwait pelo Iraque em 1990, as reportagens de Amanpour sobre a Guerra do Golfo Pérsico renderam-lhe notoriedade além de elevar o patamar da cobertura de notícias internacional. Logo depois, Amanpour cobriu a Guerra da Bósnia e outras zonas de conflitos. Por conta de sua carga emocional em Sarajevo durante o Cerco de 1992, foi duramente criticada por opositores e público, que questionaram sua objetividade profissional alegando que a muitos de seus trabalhos favoreciam os islâmicos bósnios. Amanpour responde dizendo que "em algumas situações, não se pode ser neutro".[3] A repórter ganhou fama internacional por sua postura destemida em meio as zonas de conflito da Guerra do Golfo.[4] De 1992 a 2010, Amanpour foi correspondente-chefe internacional da CNN, assim como âncora de Amanpour, um programa televisivo diário exibido entre 2009 e 2010. Amanpour realizou reportagens em locais e momentos de extrema tensão, incluindo Iraque, Afeganistão, Palestina, Irão, Israel, Somália, Ruanda, Balcãs, e os Estados Unidos durante o Furacão Katrina. Além de seu trabalho em reportagens, a jornalista também produziu entrevistas exclusivas com diversos líderes mundiais, incluindo os presidentes iranianos Mohammad Khatami e Mahmoud Ahmadinejad, assim como presidentes do Afeganistão, Sudão e Síria, entre outros. Após os Ataques de 11 de setembro de 2001, foi a primeira correspondente internacional a entrevistar o Primeiro-ministro britânico Tony Blair, o Presidente francês Jacques Chirac e o Presidente paquistanês Pervez Musharraf. Outras entrevistas de grande destaque foram produzidas com Hillary Clinton, Nicolás Maduro, Hassan Rouhani e Muammar Gaddafi.[5] Também entrevistou Constantino II da Grécia, Reza Pahlavi, Ameera al-Taweel e a atriz Angelina Jolie. De 1996 a 2005, Amanpour foi contratada pelo criador do 60 Minutes, Don Hewitt, para produzir uma série de cinco reportagens especiais, pelas quais recebeu o Prêmio Peabody em 1998. Tensão com ArafatReputada em sua profissão, a jornalista passou por momentos memoráveis e tensos em sua carreira, um dos quais em uma entrevista via fone ao vivo pela CNN com Yasser Arafat, durante o cerco a seu conglomerado em março de 2002. Em tom nervoso, Arafat disse: «Ora, você está me perguntando por que estou sob cerco completo? Ora, você é uma jornalista excepcional, respeite sua profissão!»,[6] e completou: «Seja precisa quando estiver falando com o general Yasser Arafat. Cale-se!», encerrando a chamada bruscamente com o telefone no gancho, deixando a jornalista numa situação desconfortável, ao vivo.[6] ABC NewsEm 18 de março de 2010, Amanpour anunciou que deixaria a CNN para a ABC News, onde seria ancora do This Week. Ela disse: "Estou emocionada por fazer parte da equipe incrível da ABC News. Ser convidada para ancorar o This Week dentro da excelente tradição iniciada por David Brinkley é uma tremenda e rara honra, e eu estou ansiosa para discutir as grandes questões nacionais e internacionais do dia. Deixo à CNN com o maior respeito, amor e admiração pela empresa e por todos que trabalham aqui. Essa tem sido minha família e empreendimento compartilhado nos últimos 27 anos, e estarei eternamente grata e orgulhosa de tudo o que realizamos."[7] Ela apresentou sua primeira transmissão em 1 de agosto de 2010. Durante seus dois primeiros meses como apresentadora, as avaliações do This Week atingiram seu ponto mais baixo desde 2003.[8] Em 28 de fevereiro de 2011, ela entrevistou Muammar al-Gaddafi e seus filhos Saif al-Islam e Al-Saadi al-Gaddafi.[9][10] Em 13 de dezembro de 2011, a ABC anunciou que Amanpour deixaria seu cargo como âncora do programa da ABC News This Week em 8 de janeiro de 2012 e retornaria à CNN International, onde trabalhou 27 anos, mantendo um papel de repórter na ABC News.[11] Retorno à CNNUm dia depois, em 14 de dezembro de 2011, em declarações da ABC e da CNN, foi anunciado que, em um "acordo único", a Amanpour começaria a apresentar um programa na CNN International em 2012, enquanto continuaria no ABC News como âncora de assuntos globais.[12] Mais tarde, foi revelado que, na primavera de 2012, a CNN International atualizaria sua programação, colocando novamente o programa de entrevistas Amanpour no ar.[13] Os anúncios estreados disseram que ela retornaria à CNN International no dia 16 de abril. Seu programa de 30 minutos gravado em Nova York - que será exibido duas vezes por noite - significaria que o programa de entrevistas Piers Morgan Tonight da rede proprietária estado-unidense seria "eliminado" das 21h (Horário da Europa Central) para meia-noite.[14] Em 9 de setembro de 2013, o programa e a equipe foram transferidos para o escritório da CNN International e ele está sendo produzido e transmitido de Londres atualmente. Em 7 de janeiro de 2015, Amanpour fez manchetes durante um segmento de "Breaking News" na CNN, referindo-se aos extremistas islâmicos que assassinaram os 12 jornalistas em Charlie Hebdo como "ativistas": "Neste dia, esses ativistas encontraram seus alvos, e seus alvos eram jornalistas. Esse foi um ataque claro à liberdade de expressão, à imprensa e à sátira".[15] Referências
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