Um chakravartin ( चक्रवर्तिन्cakra-vartin, um bahuvrīhisânscrito, literalmente "cujas rodas estão girando", no sentido de "cuja carruagem está rodando por todo lugar sem obstrução".) é um termo usado nas religiões indianas para um governante universal ideal, que governa ética e benevolentemente todo o mundo. O reinado de um tal soberano é chamado de sarvabhauma.
No budismo e no jainismo, três tipos de Chakravartins são descritos:
cakravala cakravartin, que governa sobre todos os quatro continentes postulados na antiga cosmografia indiana
dvipa cakravartin que governa sobre apenas um dos quatro continentes
pradesa cakravartin, que governa sobre apenas parte de um continente.
As primeiras referências a um cakravala chakravartin aparecem em monumentos do Império Máuria (322–185 a.C.), dedicados à Asoca. Em geral, não tem sido usado para qualquer outra figura histórica. O chakravartin no budismo passou a ser considerado a contraparte secular de um Buda. De acordo com Buddha Shakyamuni no Majjhima Nikaya, uma mulher nunca poderá ser uma chakravartin. [2]Bhikshuni Heng-Ching Shih afirma, referindo-se às mulheres no budismo: "Diz-se que as mulheres possuem cinco obstáculos, a saber, serem incapazes de se tornarem um Rei Brahma, um 'Sakra', um Rei 'Mara', um Cakravartin ou um Buddha."[3][4]
O Maitreyi Upanishad (1.4) utiliza o termo para reis que haviam renunciado suas prerrogativas reais em favor do asceticismo.
Em geral, o termo aplica-se à realeza e liderança tanto secular quanto espiritual, particularmente no budismo e no jainismo. No hinduísmo, o termo geralmente denota um governante poderoso, cuja dominação estendeu-se por toda a terra.