Celeste Rodrigues
Maria Celeste Rebordão Rodrigues ComIH, celebrizada como Celeste Rodrigues (Fundão,[1] 14 de março de 1923 – Lisboa, 1 de agosto de 2018) foi uma fadista portuguesa, irmã mais nova de Amália Rodrigues. BiografiaCeleste Rodrigues nasceu a 14 de março de 1923 no Fundão (distrito de Castelo Branco). Irmã de Amália Rodrigues, os seus pais vieram para Lisboa quando Celeste tinha 5 anos; instalaram-se primeiro em Vila Cândida, depois em Campo de Ourique e, só mais tarde, em Alcântara.[2][3] Após estar empregada numa fábrica de bolos, trabalhou com a sua irmã num ponto de venda de artigos regionais no Cais da Rocha.[2] Teve o seu primeiro amor aos 17 anos, um romance de três anos com o cavaleiro tauromáquico Zé Casimiro.[4] Numa noite em que canta fado na Adega Mesquita, o empresário musical e proprietário de várias casas de fado José Miguel ouve-a cantar e insiste que se profissionalize como fadista. Com 22 anos Celeste Rodrigues estreia-se em 1945 no Casablanca, (posteriormente conhecido como Teatro ABC), no Parque Mayer.[2] Foi Amália, a sua irmã três anos mais velha, quem, como tradicional madrinha de fado, lhe colocou o xaile preto nos ombros.[4] A sua primeira internacionalização foi em Madrid, no Pasapoga, em 1945.[3] Um par de meses depois da sua estreia, foi convidada para uma companhia teatral e parte em digressão para o Brasil que vai durar um ano e onde participa, com Amália, no elenco da opereta Rosa Cantadeira e da revista Boa Nova.[2][4] A partir daqui recusa outros convites para integrar peças de teatro mas ainda subiria aos palcos teatrais para cantar, por exemplo em Cabelo Branco É Saudade (2005) ou em Sombras (2010).[2][5] Com 25 anos Celeste conhece Varela Silva, actor português, com quem casaria com 30 anos e com quem teria duas filhas.[2][4] Ambos abrem uma casa de fados na Rua das Taipas: "A Viela", projecto que abandonariam após quatro anos.[2][4] Estavam na década de 1950 e Celeste atingia a notoriedade com o tema "Olha a Mala", de Manuel Casimiro.[4][6] Após "A Viela", Celeste cantou durante por mais uma década na "Parreirinha de Alfama", de Argentina Santos, passando depois a integrar o elenco da "Taverna do Embuçado", de João Ferreira-Rosa longo de 25 anos.[2][4] Depois da Revolução dos Cravos, passou meio ano no Canadá, acabando por divorciar-se do seu primeiro e único marido.[4] O seu último trabalho discográfico a ser lançado foi o CD Fado Celeste. Foi editado na Holanda em 2007[2]. Em 2010 é apresentado o documentário Fado Celeste, realizado por Diogo Varela Silva, debruçando-se sobre a vida e a obra de Celeste Rodrigues.[2] Tal como a sua irmã Amália, Celeste Rodrigues era monárquica e conheceu D. Duarte Nuno de Portugal, bem como os reis de Espanha, da Holanda e de Itália.[7] Ela disse:[7]
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Celeste Rodrigues morreu em 1 de agosto de 2018, em Lisboa, indo a sepultar no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres.[8] Prémios e distinções
CentenárioO centenário da fadista foi comemorado com uma exposição dedicada no Museu do Fado, organizada pelo seu neto Diogo Varela Silva; esses registos foram também publicados em livro pela instituição.[12][13] A efeméride foi, igualmente, assinalada por jornais portugueses de referência, como o Expresso ou o Público, bem como pela Antena 1.[12][13] Nesta última, além de vários momentos de emissão especial dedicados à artista, foram ainda produzidos dois documentários sobre a sua vida e obra: Celeste Rodrigues de Viva Voz, de Edgar Canelas, e A Árvore Celeste, de Pedro Miguel Ribeiro.[14] FilmografiaParticipou nos filmes: [15]
DiscografiaCeleste Rodrigues gravou 58 discos, entre LPs e singles.[4] Álbuns de estúdioSingles e EP
Álbuns ao vivo
Compilações
Referências
Ligações externas
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