CatepanoCatepano ou Catapano (em grego: κατεπάνω; romaniz.: Katepánō; "[o] colocado no topo" ou "o mais alto") foi um ofício e título militar sênior do Império Bizantino. A palavra foi latinizada como capetanus/capeton, e seu significado parece ter se fundido com aquele da palavra italiana capitaneus (que deriva da palavra latina caput, que significa cabeça). Este termo hibridizado deu origem ao termo capitão e seus equivalentes em outros línguas (capitan, kapitan, kapitän, el capitan, il capitano, capitão paxá etc.). HistóriaA primeira menção ao catepano apareceu no século IX, quando foi usado no sentido genérico de "o único responsável" por dois oficiais: o chefe dos "homens imperiais" (basilikoi anthrōpoi), uma classe de funcionários de baixo nível da corte, e dos mardaítas, destacamentos marinhos do tema naval de Cibirreota no sul da Ásia Menor.[1] No contexto das grandes conquistas orientais dos anos 960, no entanto, o título adquiriu um significado mais específico. As zonas de fronteira recém-adquiridas foram divididas em pequenos temas e agrupados para formar grandes comandos regionais, liderados por um duque ou um catepano.[2] Estes foram os ducados/catapanatos[a] de Antioquia (cobrindo a fronteira sul-oriental do norte da Síria), Mesopotâmia (leste em torno do rio Eufrates) e Cáldia (nordeste do império). Durante o reinado do imperador Basílio II Bulgaróctono (r. 976–1025), a fronteira oriental foi expandida, e o Catapanato da Ibéria foi criado em 1022. No Ocidente, o mais famoso catapanato, o do sul da Itália, é atestado no Escorial Taktikon, uma lista de ofícios compilada cerca de 971-975, e após a conclusão bem sucedida das guerras bizantino-búlgaras, um catepano da Bulgária também é atestado.[3] Um Catapanato Sérvio também é identificado, tendo este sido conhecido como catepano de Ráscia.[4] Com as perdas territoriais catastróficas sofridas durante o século XI, o ofício desapareceu no sentido de comandante militar geral, mas é mantido em um nível mais local: durante os período Comneno e paleólogo, o termo catepanício (katepanikion) nasce, assim, para designar as áreas administrativas de baixo nível, tanto na Ásia Menor (incluindo o Império de Trebizonda) e Europa.[1] Estas foram pequenas subdivisões dos anteriores temas, e consistiam de pouco mais do que uma capital fortificada (o castro) e seu território circundante. No período paleólogo, o catepanício era governado por um céfalo (em grego: κεφαλή; romaniz.: kephalē; "cabeça"), que tinha suprema autoridade civil e militar dentro de seus limites.[5] Como muitas outras instituições bizantinas, o catepanício como uma subdivisão administrativa também foi adotada no Segundo Império Búlgaro. Notas
Referências
Bibliografia
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