Carlão (Alijó)
Carlão é uma povoação portuguesa do Município de Alijó que foi sede da extinta Freguesia de Carlão, freguesia que tinha 26,54 km² de área e 719 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade populacional de 27,1 hab/km². A Freguesia de Carlão foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à Freguesia de Amieiro, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Carlão e Amieiro da qual é sede.[1] EtimologiaVirá do baixo-latim [Villa] Carloni,[2] evoluído já para Carlon na época medieval.[3] Que, à semelhança do nome moderno Carlos, virá do germânico antigo karl, que significaria "homem livre", latinizado (numa das suas variações) como Carlonus (sendo Carloni o seu possessivo). Villa essa como a correspondente aos restos arqueológicos que se encontram nas vinhas da Azinheira (imediatamente a sul do Castelo de Carlão), aparentemente construída em século I E.C., ou anteriormente (e que tem indicações que um dos seus primeiros donos, antes da era das migrações germânicas, chamar-se-ia sim Latronus, que é uma antroponímia galaica latinizada que encontramos noutros pontos do noroeste ibérico[4], como por exemplo sendo antigo nome de um afluente do vizinho rio Tâmega[5]).[6] HistóriaPelos restos arqueológicos de diversas eras, a região aparenta estar continuamente populada desde a pré-história (com múltiplos exemplos de arte rupestre e outros vestígios) até aos dias de hoje. Já na era romana, se cultivavam os vinhos e os cereais nesta região, havendo restos muito aparato agrícola desta era, como lagares, ânforas, dólios (contentores alimentares), etcétera. Possivelmente cultivar-se-ia vinho até antes dos romanos, ainda que provavelmente de forma mais limitada, complementada por importação vinda do mediterrâneo, dados os relatos de Estrabão sobre o estatuto de escassez deste produto cobiçado pelos Callaicos locais do Norte do Douro, que nesta região também poderiam fazer zythos (cerveja de malte).[6] EconomiaAssenta principalmente na exploração dos olivais, vinhedos e madeiras, havendo também outras produções agrícolas, a pastorícia, a caça e a recolecção silvestre. Hoje, como noutras aldeias rurais, denota-se declínio na actividade comunitária da reduzida e envelhecida população.[6] População
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Património Cultural
Referências
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