Capernaum (em árabe: کفرناحوم), também chamado de Capharnaüm, é um filme de dramaárabe libanês escrito e dirigido por Nadine Labaki. O filme concorreu ao prêmio Palma de Ouro no Festival de Cannes 2018.[3][4][5] Na mesma premiação, recebeu uma ovação durante 15 minutos durante a estreia, em 17 de maio de 2018.[6]
A distribuidora Sony Pictures Classics, que já havia estreado o filme Where Do We Go Now? de Labaki, comprou os direitos norte-americanos e latino-americanos de exibição do filme, enquanto a Wild Bunch portava os direitos internacionais de exibição.[11]
Produção
Acerca do conceito do filme, Nadine Labaki, diretora e roteirista da obra, afirmou: "No final do dia, essas crianças estão totalmente pagando um preço muito alto por nossos conflitos, nossas guerras e nossos sistemas, e nossas decisões estúpidas e governos. Senti a necessidade de falar sobre problema, e estava pensando: "se essas crianças pudessem conversar ou se expressar, o que diriam?". O que ele nos diriam a essa sociedade que os ignora?" O produtor Khaled Mouzanar fez uma hipoteca de sua casa para levantar um orçamento para o filme.[12]
Zain Al Rafeea, um refugiado sírio que vive no Líbano há oito anos, tinha 12 anos durante a produção.[13] O personagem de Al Rafeea, Zain, é feito para ele. Muitos dos outros atores eram novatos, o que Labaki descreveu como necessário, porque ela buscava "uma verdadeira luta naquele grande ecrã".[14] Embora Labaki seja atriz, ela se deu apenas uma simbólica participação, preferindo atores novatos a partir de suas experiências. As filmagens duraram seis meses em um corte de 12 horas; as edições, portanto, estavam sujeitas a durar dois anos.[15]
Recepção crítica
Cafarnaúm tem uma percentagem de aprovação de 76% baseado em 32 críticas no website Rotten Tomatoes.[16] Depois da sua estreia na França, Cafarnaúm foi aclamado pela crítica e conta com uma pontuação de 4.5 sobre 5 em Allocine.[17]
No Metacritic, o filme conta com uma pontuação de 68 pontos, baseada em 12 críticas que indicam avaliações geralmente favoráveis.[18] No agregador de avaliações Rotten Tomatoes, o filme tem aprovação de 74% com base em 31 críticas, e uma avaliação média de 7,3/10. Segundo o consenso do site, "Carpernaum bate forte, mas recompensa os espectadores com uma imagem inteligente, compassiva e, em ultima análise, emocionante."[19]
Robbie Collin, do The Daily Telegraph, escreveu: "[Capernaum] é um blockbuster que retrata o realismo social imbuído por compaixão furiosa, extrema tristeza, beleza, inteligência e esperança."[20] Emily Yoshida, da revista New York Magazine, escreveu: "O filme tem uma direção profundamente segura que, apesar de tocar em poucos elementos emocionais, não vai deixar sua memória com facilidade."[21] Leslie Feplerin, do The Hollywood Reporter afirmou: "Embora a narrativa seja estruturada por meio de um conceito instigante e altamente inacreditável – Zain está tentando processar seus pais por lhe darem vida em primeiro lugar – Labaki atrai proezas tão extraordinárias do elenco quase, ou se não, inteiramente não-profissional, fazendo esboços da credibilidade restante num ambiente miserável e inóspito, que as falhas são, na sua maioria, perdoáveis."[22]