Calzada de Amador
A Calzada de Amador é uma via que liga a parte continental da Cidade do Panamá com quatro ilhas do Oceano Pacífico, que formam um pequeno arquipélago. As ilhas que compõem o arquipélago são Naos, Perico, Culebra e Flamenco. A via, constituída de um causeway, começa em uma área perto da entrada sul do Canal do Panamá, em áreas da região de Ancón. DescriçãoUma estrada de quatro pistas corre ao longo da via para cada ilha, acompanhadas por uma ciclovia e calçadas para pedestres, totalizando 5,95 km de extensão.[1] A Calzada de Amador também serve como um quebra-mar para a entrada do Canal.[1] As ilhas ligadas pela via são as seguintes:
HistóriaA estrada foi construída em 1913, pelo governo dos Estados Unidos, com pedras escavadas da Corte de Culebra, durante a construção do Canal do Panamá. O local era originalmente parte de um complexo militar americano conhecido como Fuerte Amador, estabelecido para proteger a entrado da hidrovia, sendo parte da Zona do Canal.[4] Durante a Segunda Guerra Mundial, foram construídas fortificações e depósitos nas ilhas para proteger o canal, escondidos na densa mata tropical que cobria as ilhas.[1] Desde então, elas foram desmantelados, mas baluartes e posições de armas vazias ainda existem. As instalações de lançamento são atualmente utilizadas por barcos de praticagem que auxiliam grandes navios a cruzar o Canal do Panamá. Anos depois, quando os tratados Torrijos-Carter foram assinados em 1978, essas terras foram gradualmente devolvidas ao Panamá e o ditador panamenho Manuel Noriega estabeleceu uma base militar na ilha de Flamenco, muito próxima da base dos EUA, que ainda estava em operação na época.[1] Após a queda da ditadura militar com a invasão estadounidense em 1989 e o retorno do Canal ao Panamá ao controle panamenho em 1999, a Calzada de Amador foi abandonada.[1] No século XXI, no entanto, houve um redescobrimento da área, os bunkers de guerra foram transformados em restaurantes, lojas e até instituições educacionais. A Calzada de Amador atraiu tantos visitantes e tantos carros que parte da estrada desmoronou.[1] Quando foram feitas as obras de ampliação do Canal do Panamá, a via e as bordas ilhas foram reformadas para acomodar quatro pistas, estacionamento, marinas, mirantes e áreas de lazer.[1] Longe de seus perímetros, as ilhas montanhosas ainda contêm selvas isoladas, embora estas estejam ameaçadas pelo desenvolvimento contínuo. AtraçõesAtualmente, é um dos lugares mais populares da cidade, possuindo várias instalações de lazer, como restaurantes, bares, discotecas e um centro de convenções, além de uma calçada amplamente utilizada para caminhadas, corridas e ciclismo. Goza de excelentes vistas panorâmicas para a entrada do Canal do Panamá e da Ponte das Américas, bem como para a cidade e a baía do Panamá. Nas Ilhas Naos e Culebra, várias instalações do Instituto de Pesquisa Tropical Smithsonian (STRI) estão localizadas, incluindo o Centro de Exposições Marinhas de Punta Culebra, patrocinado por essa instituição.[5] Perto de sua entrada está o Museu da Biodiversidade (Biomuseo), projetado pelo arquiteto canadense Frank Gehry.[6] Galeria
Referências
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