Atinge, em média, um comprimento total de 76 cm, sendo as fêmeas um pouco mais compridas que os machos. Ocasionalmente podem crescer até 91 cm.[5]
Um espécime com um comprimento total de 81 cm tem uma cauda com 9 cm de comprimento.
O dorso é avermelhado, acinzentado, ou castanho-claro, com duas séries de grandes manchas triangulares castanhas com contornos pretos, podendo estar colocadas de forma alternada ou opostas. Possuem igualmente uma tira vertebral delgada de cor castanha-clara, que pode ser descontínua ou indistinguível em alguns espécimes. As escamas labiais superiores são de cor rosada ou amarelada. Apresentam uma linha diagonal grossa, de cor castanho-escuro com contorno preto, desde o olho até ao canto da boca, com uma outra linha mais estreita e cor mais clara acima dela.
As escamas dorsais, lisas, encontram-se arranjadas em 21 filas a meio do corpo. Ventrais 138-157; placa anal inteira; subcaudais 34-54 pares.
Focinho pontiagudo e voltado para cima. Rostral tão larga como profunda. Duas internasais e duas pré-frontais. Frontal tão comprida ou ligeiramente mais comprida do que a sua distância à ponta do focinho, tão comprida ou ligeiramente mais curta que as parietais. Supralabiais 7-9. Fossa loreal não está em contato com as supralabiais.[6]
Trata-se da única víbora-de-fossetas asiática com grandes escamas coronais e escamas dorsais lisas.[7]
Prefere florestas costeiras, matagais de bambú, terras de cultivo abandonadas, pomares, plantações e florestas próximas de plantações,[5] onde caça ratos.
Reprodução
Esta espécie é ovípara e os ovos são protegidos pela fêmea depois da postura.[7]
Venom
Esta espécie tem reputação de mau temperamento e de ser rápida em atacar, No norte da Malásia é responsável por uns 700 incidentes anuais de mordedura de serpente com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 2 %. Marcadamente sedentária,frequentemente é encontrada no mesmo local várias horas depois de um incidente envolvendo humanos.[7] O seu veneno causa dor severa e inchaço local e por vezes necrose de tecidos, mas mortes não são comuns. Muitas vítimas ficam com membros disfuncionais ou amputados devido à falta de de antiveneno e tratamente atempado. Num estudo de 2005 de 225 mordidas da víbora-de-fossetas-malaia, (Calloselasma rhodostoma) na Tailândia, a maioria das vítimas apresentou sintomas ligeiros a moderados, mas 27 de 145 pacientes (18.6%) ficaram com membros inchados de forma permanente.[8] Contaram-se apenas duas mortes (relacionadas com hemorragias intracerebrais) e nenhuma amputação. O antiveneno produzido na Tailândia pareceu ser eficaz na reversão dos coágulos sanguíneos produzidos pelo veneno. A maioria dos pacientes permaneceu estável e não requeriu antiveneno. Os autores sugeriram que as vítimas não recorressem a curandeiros tradicionais e que evitassem o uso excessivo de torniquetes, Durante uma fase prospetiva do estudo, as mordeduras ocorreram ao longo do ano mas sobretudo na estação das monções (maio e junho).
↑ abcdMcDiarmid RW, Campbell JA, Touré T. 1999. Snake Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference, vol. 1. Herpetologists' League. 511 pp. ISBN1-893777-00-6 (series). ISBN1-893777-01-4 (volume).
↑«Calloselasma» (em inglês). ITIS (www.itis.gov). Consultado em 3 Novembro 2006
↑ abMehrtens JM. 1987. Living Snakes of the World in Color. New York: Sterling Publishers. 480 pp. ISBN0-8069-6460-X.
↑Boulenger, G.A. 1896. Catalogue of the Snakes in the British Museum (Natural History). Volume III., Containing the...Viperidæ... Trustees of the British Museum (Natural History). London. xiv + 727 pp. + Plates I.-XXV. (Ancistrodon rhodostoma, pp. 527-528.)
↑ abcU.S. Navy. 1991. Poisonous Snakes of the World. US Govt. New York: Dover Publications Inc. 203 pp. ISBN0-486-26629-X.
↑Wongtongkam, Nualnong; Wilde, Henry; Sitthi-Amorn, Chitr; Ratanabanangkoon, Kavi (Abril 2005). «A Study of 225 Malayan Pit Viper Bites in Thailand». Military Medicine (em inglês). 170 (4): 342–348. ISSN0026-4075. PMID15916307. doi:10.7205/MILMED.170.4.342
↑ abChen JH, Liang XX, Qiu PX, Yan GM (Maio 2001). «Thrombolysis effect with FIIa from Agkistrodon acutus venom in different thrombosis model». Acta Pharmacologica Sinica. 22 (5): 420–2. PMID11743889
↑Guangmei Yan, Jiashu Chen, Pengxin Qiu, Hong Shan. "Fibrinolysin of Agkistrodon acutus Venom and its Usage."
Leitura adicional
Kuhl, H. 1824. Sur les Reptiles de Java. Bull Sci. nat. Géol. 2: 79-83. (Trigonocephalus rhodostoma)
Ponnudurai, G.; Chung, M.C.M.; Tan, N.H. (1994). «Purification and Properties of the L-Amino Acid Oxidase from Malayan Pit Viper (Calloselasma rhodostoma) Venom». Archives of Biochemistry and Biophysics. 313 (2): 373–378. ISSN0003-9861. PMID8080286. doi:10.1006/abbi.1994.1401
Yingprasertchai, Senee; Bunyasrisawat, Srisurat; Ratanabanangkoon, Kavi (2003). «Hyaluronidase inhibitors (sodium cromoglycate and sodium auro-thiomalate) reduce the local tissue damage and prolong the survival time of mice injected with Naja kaouthia and Calloselasma rhodostoma venoms». Toxicon. 42 (6): 635–646. ISSN0041-0101. PMID14602119. doi:10.1016/j.toxicon.2003.09.001
Ouyang, Chaoho; Yeh, Horng-I; Huang, Tur-Fu (1986). «Purification and characterization of a platelet aggregation inducer from Calloselasma rhodostoma (Malayan pit viper) snake venom». Toxicon. 24 (7): 633–643. ISSN0041-0101. PMID3775783. doi:10.1016/0041-0101(86)90026-7
Daltry, Jennifer C.; Ross, Toby; Thorpe, Roger S.; Wuster, Wolfgang (1998). «Evidence that humidity influences snake activity patterns: a field study of the Malayan pit viper Calloselasma rhodostoma». Ecography. 21 (1): 25–34. ISSN0906-7590. doi:10.1111/j.1600-0587.1998.tb00391.x