Caipira picando fumo
Caipira picando fumo é uma pintura de Almeida Júnior que retrata um homem caipira simples. Sua data de criação é 1893. Encontra-se sob a guarda de Pinacoteca do Estado de São Paulo. A obra é considerada uma das mais notáveis realizadas por Almeida Júnior, um dos principais objetos da pintura regionalista.[1][2][3] DescriçãoA obra foi produzida com tinta a óleo. Suas medidas são: 202 centímetros de altura e 141 centímetros de largura. Faz parte de Coleção da Pinacoteca do Estado de São Paulo. O número de inventário é 13. No centro da obra, há um trabalhador rural (Bento Roque Pires), que permanece alheio à atenção que lhe é conferida, compenetrado em sua atividade.[4] O homem, de meia idade, tem seu rosto com marcas de dureza, e usa roupas simples, típicas do campo. Está sentado em frente a uma casa, feita de taipa, com uma faca na mão, picando fumo. Em volta, há palha.[2] ContextoO quadro foi realizado num período em que Almeida Júnior era reconhecido por sua representação da vida rural em São Paulo, já tendo atingido fama.[3] Foi aliás nesse período que Cesário Motta aproximou-se do pintor, para que este realizasse pinturas para a formação do acervo do Museu Paulista.[4] AnáliseAssim como Amolação interrompida, Caipira picando fumo apresenta um personagem típico do sertão paulista, a quem é conferido "monumentalidade".[4] É uma pintura característica do regionalismo.[2] Apesar dessa característica própria à brasilidade, foram reconhecidas influências técnicas europeias, em específico naturalistas, na pintura.[5] Diz-se do quadro:[6]
Foi também notado que o quadro caracteriza-se por uma representação de intimidade e compenetração. Há portanto o retrato do homem em um ambiente natural, de reconforto.[7][8] A simbiose entre o caipira e seu ambiente é garantida pela presença dominante do sol.[9] RecepçãoO então diretor do Museu Paulista Rodolpho von Ihering realizou a transferência da obra para a Pinacoteca do Estado de São Paulo, por considerar que não havia espaço no edifício do Museu Paulista e que não ornava com o tom da sala triunfalista onde estava. O espaço anteriormente tomado pelo quadro é ocupado pelo Retrato de Maria Quitéria.[4] Ver tambémReferências
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