Caio Júlio Quadrado Basso
Caio Júlio Quadrado Basso (em latim: Gaius Julius Quadratus Bassus; m. 117) foi um senador e general romano nomeado cônsul sufecto para o nundínio de maio a agosto de 105 com Cneu Afrânio Dexter[1]. Basso, nascido em Pérgamo numa família aparentada da dinastia Atálida e dos tetrarcas da Galácia[2], foi um dos principais generais de Trajano e participou da campanha dácia e da parta do imperador. Seu pai, Caio Júlio Basso, foi procônsul na Bitínia entre 100 e 101[3]. CarreiraBasso começou sua carreira como tribuno militar da Legio XIII Gemina por volta de 87 a 89 e depois foi um dos triúnviros monetários, um dos quatro comitês dos vigintiviri, um passo preliminar obrigatório para a admissão no Senado[4]. A ordem, contudo, foi pouco usual, pois geralmente a admissão entre os vigintiviri precedia o serviço como tribuno, o que não era de todo desconhecido para membros da ordem equestre. Além disto, o posto de triúnviro monetário era reservado a patrícios ou pessoas favorecidas pelo próprio imperador, o que levou alguns historiadores a sugerirem que ele teria conseguido o posto através da intervenção de um parente, Caio Âncio Aulo Júlio Quadrado, três vezes cônsul e um senador muito influente[5]. Depois, Basso foi questor, o que lhe permitiu entrar para o Senado, servindo em Creta e Cirenaica por volta de 92. Em seguida foi edil (c. 95) e pretor (c. 98), uma posição que permitia que ele pudesse governar uma província como legado imperial propretor ou comandar uma legião como legado militar. Basso escolheu esta última[4]. Primeiro ele foi legado da XI Claudia entre 99 e 101. Depois, comandou um vexillatio com unidades escolhidas de diversas legiões, incluindo a IV Scythica e a XII Fulminata entre 101 e 102, a primeira fase da campanha dácia de Trajano. Em seguida, Basso comandou a X Fretensis, um posto que geralmente era combinado com o governo da província da Judeia, entre 102/103 a 104/105. Depois de seu mandato como cônsul sufecto, Basso foi admitido no Colégio de Pontífices, um importante passo em sua ascensão social[4]. Nos anos seguintes, Basso governou a Capadócia-Galácia (114/115) e a Síria (114/115)[3]. Durante se mandato, foi novamente nomeado comandante de um vexillatio com unidades escolhidas da III Gallica e da XIII Gemina para participar da campanha parta de Trajano[4]. Basso estava servindo como legado imperial da Dácia quando morreu durante a revolta de 117[6]. Ver também
Referências
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