Cândido Lima da Silva Dias
Cândido Lima da Silva Dias (Mococa, 31 de dezembro de 1913 – São Paulo, 15 de setembro de 1998) foi um proeminente matemático brasileiro e um dos primeiros bacharéis em matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL). Foi uma figura essencial para a criação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada. BiografiaCândido nasceu em 1913, em Mococa. Era filho do engenheiro elétrico Gabriel Antonio da Silva Dias, formado pela Escola Politécnica de São Paulo em 1905 e da dona de casa Adília Lima da Silva Dias. Estimulado pelo pai, Cândido gostava de aprender e brincar com os números desde pequeno, bem como com a aritmética. Quando começou a estudar no antigo primário, considerou a matemática como sendo algo fácil e prazeroso.[1][2] Estudou na escola primária Barão de Monte Santo, na mesma calçada de sua casa. Para dar seguimento aos estudos, mudou-se para a capital paulista, onde estudou no Colégio Franco Brasileiro. Matriculou-se na Escola Politécnica em fevereiro de 1932, onde formou-se como agrimensor, em 1934. No mesmo ano ingressou no curso de matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.[1][3] CarreiraLogo após a graduação, ele foi indicado como segundo-assistente científico do matemático italiano Luigi Fantappiè, professor visitante da Universidade de São Paulo na época, que trabalhava com análise matemática. Logo em seguida ele foi promovido a primeiro-assistente, onde trabalhou com teoria e prática no ano seguinte. Em 1937, em um seminário, ele foi apresentado à teoria da álgebra desenvolvida por Gaetano Scorza, matemático italiano.[1][2] Casou-se com Odila Leite Ribeiro em 1937, com quem teve quatro filhos, todos eles professores universitários. No começo de 1939, era o responsável pelo curso de matemática aplicada, parte do primeiro ano do curso de graduação em matemática. Foi indicado ao cargo pelo professor Fantappiè e pelo secretário de educação, cargo que ocupou até 1941.[1][2] Foi essencial para a fundação do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo, do qual foi seu primeiro diretor.[3] Aposentadoria e morteCândido se aposentou da Universidade de São Paulo em 1978 e no ano seguinte tornou-se professor no Instituto de Matemática da Universidade Federal de São Carlos, de onde se aposentou em 1990. Cândido morreu na cidade de São Paulo, em 15 de setembro de 1998, aos 84 anos.[1][2][3] Referências
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