Boualem SansalBoualem Sansal , nascido a 15 de Outubro de 1949 em Théniet El Had, na Argélia, é um escritor franco-argelino de expressão francesa, principalmente romancista, mas também ensaísta. Censurado na Argélia devido à sua posição muito crítica em relação ao poder vigente, publicou as suas obras noutros países como França ou Alemanha. É vencedor de vários prémios literários, incluindo o Grande Prémio da Academia Francesa de 2015 pelo seu romance 2084: La fin du monde. [1][2] O governo argelino detesta Sansal por conta da sua crítica da religião e do poder político: “A religião parece-me muito perigosa devido ao seu lado brutal e totalitário. O Islão tornou-se uma lei terrível, que apenas decreta proibições, bane dúvidas e cujos fanáticos são cada vez mais violentos. Ele precisa redescobrir a sua espiritualidade, a sua força primária. Devemos libertar, descolonizar, socializar o Islão.» [3] Boualem Sansal diz temer a progressão do Islamismo, particularmente na França. Em entrevista para a Fundação Varenne, em 13 de dezembro de 2016, declarou: “[Os argelinos estão] preocupados porque veem dia após dia, mês após mês, ano após ano, que a França ainda não sabe o que decidir sobre o islamismo: trata-se de bacon, ou de ovelha? De religião, ou de heresia? Ela não sabe nomear essas coisas, é um problema. Enquanto isso, a jiboia islâmica teve muito tempo de se enrolar em torno dela, e em breve irá sufocá-la para sempre.” Em seu livro “2084: la fin du monde” [Gallimard, 2015, Grand Prix de l’Académie française], ele escreve: “A religião pode fazer as pessoas amarem a Deus, mas nada é mais forte do que ela para fazer as pessoas odiarem o homem e odiarem a humanidade”. Quanto ao poder argelino, Sansal é muito crítico: “Bouteflika é um autocrata da pior espécie […] No entanto, é ele que apoiam as grandes democracias ocidentais, lideradas pela França de Sarkozy. » E também: “Penso muitas vezes no exílio, mas onde? Com Bush? Com Sarkozy? Substituir um infortúnio por outro não é o que podemos chamar de boa decisão. »[4] Em 16 de Novembro de 2024 foi detido pela polícia argelina.[5] Referências
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