Björn Höcke
Björn Höcke (Lünen, 1º de abril de 1972) é um político de extrema-direita alemão filiado ao partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha. Ele é considerado pela maioria das esferas políticas alemãs, como um político com tendências neonazistas[1][2][3][4]. Höcke é líder da AfD na Bundesland Turíngia,um dos territórios federais da Alemanha,o estado tem tido recordes de voto junto da Saxônia e territórios da antiga Alemanha Oriental ganhos pelo AfD,a que é monitorada pelo Gabinete Federal para a Proteção da Constituição, por ser acusado de diversos nomes, como partido que apoia,coopera ou promove neonazismo em si, junto de outras acusações, vindas principalmente por inimigos políticos, ministérios e protestos, além da qualificação de ser uma ameaça a democracia alemã. Início da vida e educaçãoBjörn Höcke nasceu em Lünen, Renânia do Norte-Vestfália, na Alemanha Ocidental. Seus avós paternos são naturais da Prússia Oriental[5], seu pai foi professor estadual de uma escola para cegos e deficientes visuais em Neuwied enquanto sua mãe era enfermeira e cuidadora de idosos. Ele cresceu em Anhausen, onde frequentou a Escola Primária Braunsburg. Concluiu o ensino médio em 1991 no Rhein-Wied-Gymnasium Neuwied. Após o serviço militar, ele estudou dois semestres de Direito na Universidade de Bona a partir de 1992 e, de 1993 a 1998, estudou Ciências do Esporte e História para o ensino secundário na Universidade Justus Liebig de Gießen e na Universidade Philipps de Marburgi[6]. Cresceu em uma família que ele descreve como "muito envolvida com política". Seus avós, particularmente sua avó, influenciaram sua formação ao compartilhar histórias sobre a Prússia Oriental, o que contribuiu para o seu sentimento de identidade regional[6][7][8]. Seu pai é descrito como um nacional-conservador e anticomunista que previu que a queda do Muro de Berlim levaria à destruição da comunidade de confiança no leste pela influência multicultural do ocidente. Seu pai também assinava a revista antissemita Die Bauernschaft, de um negacionista do Holocausto[9]. Carreira docenteApós seu estágio de docência no Goethe-Gymnasium em Bensheim, ele atuou de 2001 a 2005 como professor na Martin-Buber-Schule em Groß-Gerau, onde lecionou as disciplinas de Educação Física e História. De 2003 a 2005, fez um curso de gestão escolar, obtendo o título de Master of Arts. Até setembro de 2014, lecionou na Rhenanus-Schule em Bad Sooden-Allendorf, onde, por fim, atuou como professor sênior[10][11]. Segundo um ex-aluno, Höcke, como professor, elogiava repetidamente a obra A Psicologia das Massas, de Gustave Le Bon, falava com frequência sobre carisma, contava sobre um encontro de seu avô com Adolf Hitler e descrevia os "olhos incrivelmente azuis" de Hitler como um elemento central do culto ao Führer. Höcke tratava o período nazista de forma muito mais breve em comparação com outros temas históricos, demonstrava entusiasmo pela mitologia nórdica e usava regularmente um "Mjölnir" como pingente no pescoço. Ainda antes de sua filiação à AfD em 2013, os alunos do último ano o apelidavam de "Ministro da Família da AfD" devido às suas opiniões[12]. Carreira políticaBjörn Höcke é uma figura central no partido Alternativa para a Alemanha (AfD) na Turíngia. Membro da Junge Union por um curto período[13], ele foi um dos fundadores da AfD na Turíngia e, desde 2014, atua como deputado no parlamento estadual. Höcke é o porta-voz da bancada da AfD e lidera a associação regional do partido. Identificado com a ala nacional-conservadora da AfD[14], conhecida como "Der Flügel" (A Asa)[15], ele tem grande influência, com cerca de 40% dos membros do partido alinhados a essa facção[16]. Höcke é conhecido por suas posições polêmicas e controvérsias. Em 2019, ele ameaçou um jornalista da ZDF com "consequências massivas" após uma entrevista que incluiu perguntas difíceis e comparações entre suas declarações e passagens do livro "Mein Kampf" de Adolf Hitler[17]. Sob sua liderança, a AfD mais que dobrou sua participação nos votos nas eleições estaduais de 2019 na Turíngia, ultrapassando a União Democrata Cristã (CDU) e alcançando o segundo lugar. Sua carreira tem sido marcada por acusações de extremismo e racismo. Em 2021, Jörg Meuthen, então co-líder da AfD e representante de uma ala mais moderada, tentou expulsá-lo do partido, mas falhou, o que resultou na saída de Meuthen em 2022[18]. No mesmo ano, a imunidade parlamentar de Höcke foi suspensa após ele encerrar um discurso com a frase "Alles für Deutschland" ("Tudo pela Alemanha"), usada pela Sturmabteilung (SA) nazista, cuja utilização é proibida por lei[19][20]. Em junho de 2023, ele foi formalmente acusado por isso[21]. Höcke teve contatos com figuras da "Nova Direita" alemã e participou de manifestações com neonazistas[22]. Em 2010, ele esteve presente em uma comemoração do bombardeio de Dresden, ao lado de extremistas[22]. 2024-presente: eleição estadual de TuríngiaDisputa sobre as listas eleitorais da AfD nas eleições estaduais e municipais de 2024Antes das eleições estaduais na Turíngia, houve críticas internas no partido devido à ausência de candidatos da AfD em dois distritos eleitorais, resultado de uma intervenção do diretório estadual. Os candidatos para os distritos eleitorais 6 (Wartburgkreis II) e 7 (Wartburgkreis III) foram democraticamente eleitos e suas candidaturas foram apresentadas de maneira adequada, conforme confirmado judicialmente. No entanto, o diretório estadual da AfD recusou-se a assinar a nomeação, impedindo que os candidatos da AfD participassem das eleições nesses distritos. De acordo com o deputado federal Klaus Stöber, o presidente estadual Björn Höcke não aprovava os candidatos escolhidos. As associações distritais não realizaram novas eleições, conforme solicitado pela diretoria estadual, e nem os tribunais conseguiram ordenar uma nova eleição[23]. Stöber chamou Höcke de egocêntrico e pediu à diretoria nacional da AfD a destituição de Höcke[24]. Contra os candidatos originalmente eleitos e o deputado Stöber, foram iniciados procedimentos de exclusão do partido, a pedido da diretoria estadual. Anteriormente, durante a preparação para as eleições municipais de 2024, houve uma escalada na interferência do partido estadual nos diretórios distritais. Para as eleições municipais do distrito de Saalfeld-Rudolstadt, previstas para 26 de maio de 2024, Höcke não concordou com a seleção de candidatos da AfD, pois seus candidatos preferidos foram colocados em posições inferiores na lista ou não foram eleitos[25]. Contrariando a vontade de Höcke, Karlheinz Frosch ficou em primeiro lugar na lista de candidatos da AfD para o distrito de Saalfeld-Rudolstadt[26]. Como resultado, após uma disputa legal fracassada no Tribunal Regional de Gera, Höcke apoiou, durante a campanha, uma lista alternativa chamada "Alternativa para o Distrito de Saalfeld-Rudolstadt" (AfL), chegando a posar para os cartazes eleitorais dessa lista[25]. Ao mesmo tempo, ele, juntamente com a diretoria estadual da AfD na Turíngia, iniciou processos de exclusão contra nove membros do partido — sete deles candidatos oficialmente nomeados pela AfD — alegando que esses membros organizaram uma "conspiração contra a decisão democrática da base" e, assim, violaram gravemente as normas do partido, causando danos significativos à sua reputação[27]. Posteriormente, vários políticos municipais da AfD, incluindo o candidato a prefeito de Rudolstadt, Jörg Gasda, pediram a exclusão de Höcke do partido[28]. Além disso, surgiram dúvidas sobre a conformidade da "criação de listas alternativas" com as normas estabelecidas pelo § 14 da Lei Eleitoral Municipal da Turíngia. Nas eleições, a CDU emergiu como a força mais forte no distrito, enquanto a lista oficial da AfD, liderada por Frosch, obteve 18,5% dos votos e nove cadeiras no conselho distrital. A lista apoiada por Höcke conquistou 13,7% dos votos e seis cadeiras[29][30]. Vida pessoalHöcke é casado e tem quatro filhos[10]. Referências
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