Benedicto Fonseca Filho
Benedicto Fonseca Filho GORB ComON (Rio de Janeiro, 1963) é um internacionalista e diplomata brasileiro que se notabilizou por ser o primeiro negro concursado a ser promovido na carreira diplomática ao cargo de embaixador, quando chefiou o departamento de Ciência e Tecnologia do Itamaraty.[1] Antes dele, o jornalista sergipano Raymundo de Souza Dantas havia sido o primeiro afro-brasileiro a ser indicado ao cargo de embaixador, em 1961, durante a presidência de Jânio Quadros, quando assumiu a chefia da Embaixada do Brasil em Gana, contudo, Souza Dantas não era diplomata de carreira.[2][3] BiografiaPrimeiros ano e formação acadêmicaBenedicto Filho nasceu na cidade do Rio de Janeiro, capital do estado, no ano de 1963. Ele era filho de Benedicto Fonseca, funcionário público aprovado por concurso para a função de contínuo.[2][4][5] Em 1970, a sua família se mudou para Brasília em virtude da aprovação para o cargo público de um agente de portaria do Ministério das Relações Exteriores.[2][4][5] Em 1972, aos 9 anos de idade, ele e toda a sua família se mudou para Praga, capital da antiga Tchecoslováquia, país situado no leste europeu, em virtude da remoção de seu pai para a embaixada brasileira situada naquele país. Nesta oportunidade, ele usufruiu de oportunidades únicas de aprendizado de idiomas estrangeiros junto com os filhos de outros funcionários da diplomacia.[2][4][5] Na década de 1980, ele foi aprovado no vestibular para o curso de graduação em relações internacionais na Universidade de Brasília (UnB), tendo se bacharelado nesse curso em 1985, mesmo ano de sua aprovação no Curso de Admissão à Carreira da Diplomacia (CACD) do Instituto Rio Branco (IRBr).[2][4][5] AtuaçãoEntrou na carreira diplomática em 1985, após concluir sua graduação na UnB, quando tinha apenas 22 anos, tornando-se aluno da IRBr. Nesta época, a sua aprovação foi noticiada em reportagem de um jornal de Brasília com matéria intitulada "Mulher e negro passam em primeiro lugar no Rio Branco".[2][5] Com longa atuação na carreira diplomática, tendo atuado em missões diplomáticas na Argentina e em Israel, entre outros órgãos diplomáticos, em 2011, durante o governo Dilma Rousseff, ele foi nomeado Diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores, quando se notabilizou como o primeiro negro a ser promovido a embaixador.[5][6][7] No ano de 2022, após a recusa do agrément pelo governo sul-africano à indicação do político e pastor protestante Marcelo Crivella e o impasse da vacância na chefia da embaixada brasileira, por orientação do Itamaraty, o Governo Bolsonaro emitiu a Mensagem nº 70/2022 em que indicava Benedicto Fonseca Filho para assumir a chefia do posto da Embaixada do Brasil em Pretória na África do Sul, indicação aprovada pelo Senado Federal. Atualmente, ele continua a exercer o cargo de Embaixador da missão diplomática do Brasil naquele país.[6][8] Referências
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