Beija-flor-de-fronte-violeta
O beija-flor-de-fronte-violeta[2][3], também conhecido por beija-flor-de-testa-roxa[4], beija-flor-glauco, beija-flor-verde, beija-flor-tesoura-de-cabeça-violeta[5], picaflor-corona-azul[1] ou tesoura-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis; nomeado, em inglês, violet-capped woodnymph)[5][6], é uma espécie de ave da família Trochilidae. Foi classificado por Johann Friedrich Gmelin em 1788[4], com a denominação de Trochilus glaucopis, e descrito na obra Systema Naturae (1, pt.; pág. 497).[1] Seu nome científico significa "pássaro cinza azulado, filho do azul celeste".[3] DescriçãoEste beija-flor apresenta dimorfismo sexual. O macho é um pouco maior[1], entre 10 a 11 centímetros, possuindo as penas iridescentes de sua fronte azul-arroxeadas e restante do corpo de coloração predominante esverdeada e com retrizes azuis-escuras e alongadas.[4] A plumagem embaixo da cauda, que forma o crisso, é branca e seu bico é negro.[1] A fêmea é menor (9 centímetros)[4] e não apresenta a fronte azul-arroxeada, sendo verde-iridescente dorsalmente e com as partes inferiores brancas sujas, retrizes laterais com pontas brancas, fronte e lado inferior às vezes lavados de uma cor similar à da canela.[1][2][4] Nidificação e comportamento nupcialFêmeas constroem seus ninhos, que lembram a parte superior de cálices e são feitos de materiais macios, como paina de Malvaceae, Bromeliaceae, Poaceae etc., ou de Typha, e revestidos principalmente com líquens, teias de aranha ou material vegetal de Cyatheaceae; colocados em forquilhas de árvores e arbustos. Antes, durante as cerimônias pré-cópula, o macho executa ao redor da fêmea, pousada, voos semicirculares enquanto exibe o vértice e peito.[1][2][3] Habitat, distribuição e alimentaçãoThalurania glaucopis é encontrado em habitat de florestas tropicais pluviais de sub-bosques, bordas de Mata Atlântica e capoeiras, incluindo jardins em ambientes antrópicos, menos numeroso em regiões com maior estiagem e menos vegetação, mais distantes do litoral, até altitudes de 850 metros. A sua distribuição geográfica vai do sul da região nordeste do Brasil, na Bahia e em Sergipe, passando pelos estados brasileiros da região Sudeste (incluindo Minas Gerais, indo para o Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste, onde é incomum) e região Sul, até o Paraguai, Uruguai e norte da Argentina. Sua alimentação é constituída, além do néctar das flores, por pequenos artrópodes, caçando insetos e pequenas aranhas, capturados em seu voo. É uma ave territorialista e defende seu espaço e o seu alimento de outras espécies, como o besourinho-de-bico-vermelho.[1][2][3][4][6][7][8] ConservaçãoDe acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), esta é uma espécie pouco preocupante, avaliada como de menor importância em seu perigo de extinção (ou em seu estado de conservação), pois tem uma ampla distribuição geográfica que a torna menos suscetível ao impacto humano (extensão da ocorrência com 20.000 quilômetros quadrados).[6] Referências
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