Os otomanos haviam sofrido uma derrota militar parcial contra os austríacos na década de 1680, principalmente na Batalha de Viena em 1683 e a perda de Belgrado para Maximiliano II da Baviera em 1688 e da Bósnia em 1689. No entanto, com o início da Guerra dos Nove Anos, no oeste, o início da década de 1690 marcou o fim das conquistas dos Habsburgos nos Bálcãs e uma recuperação parcial otomana.[2] Muitas tropas alemãs foram deslocadas para o leste a fim de combater, no Reno, as forças francesas de Luís XIV, motivando os turcos otomanos, liderados por Mustafá Köprülü, a continuar a guerra.
O confronto entre as duas forças aconteceu na margem oeste do rio Danúbio, no lado oposto à foz do rio Tisza. Mustafá Köprülü e suas tropas de 900 homens da etnia turca entraram em combate e conseguiram matar cerca de 6.000 cristãos. Mustafá Köprülü erguia o moral, mas ele e os seus soldados foram superados e mortos. Isto resultou em ataques desorganizados; apesar de estarem em maior número os otomanos estavam mal equipados e não conseguiram igualar o poder de fogo da infantaria alemã e austríaca de Luís Guilherme de Baden-Baden. Além disso, o sistema de abastecimento dos otomanos foi incapaz de manter uma longa guerra realizada nas vastas extensões da planície panônica.[3]
Louis de Baden conseguiu quebrar o cerco imposto pelos otomanos, e atacou os seus flancos com a cavalaria, infligindo uma grande carnificina.[4] Após uma dura batalha, o exército austríaco de 20.000 homens e 10.000 milícias sérvias saiu vitorioso sobre as forças otomanas, que eram em maior número.
Conseqüências
A Batalha de Slankamen foi a última da Grande Guerra Turca (1683-1697), que poderia ter virado a guerra a favor dos otomanos.
A vitória austríaca era agora inevitável. A derrota otomana em Slankamen finalmente levou à assinatura do Tratado de Karlowitz em 1699.
Um obelisco de 16 metros de altura, foi construído em Slankamen para comemorar a vitória austríaca.
Notas e referências
↑Chandler: The Art of Warfare in the Age of Marlborough, p.302: Todos os dados estatísticos retirados de Chandler.
↑McKay & Scott. The Rise of the Great Powers 1648–1815, p.75
↑McKay & Scott. The Rise of the Great Powers 1648-1815, p.75
↑Chandler. A Guide to the Battlefields of Europe, p.374
Referências
Chandler, David. The Art of Warfare in the Age of Marlborough. Spellmount Limited, (1990). ISBN 0-946771-42-1
Chandler, David. A Guide to the Battlefields of Europe. Wordsworth Editions Ltd, (1998). ISBN 1-85326-694-9
McKay, Derek & Scott, H. M. The Rise of the Great Powers 1648–1815. Longman, (1984). ISBN 0-582-48554-1