Batalha de Bohama (2020)
A Batalha de Bohama, também conhecida como Batalha de Bouma ou Batalha de Boma, ocorreu em 23 de março de 2020. DesenrolarEm 23 de março de 2020, às 5 da manhã, o acampamento militar de Bohama, localizado em uma das ilhas do Lago Chade, foi atacado por jihadistas.[4] Os soldados foram designados recentemente para a região[5] e o tamanho da guarnição havia sido reduzido.[1] A investida foi efetuado em quatro flancos[6] a bordo de barcos motorizados.[7] O ataque é realizado por cerca de 400 combatentes jihadistas.[1] As tropas chadianas foram enviadas como reforços da cidade vizinha de Kaïga Kindjiria, mas ficaram bloqueadas no caminho e foram atacadas.[4][6][3] Após sete horas de combates, a base foi invadida.[4] Os jihadistas então se retiraram, levando consigo o butim, armas e munições.[4] ReivindicaçãoTendo o Boko Haram sido dividido em duas facções, uma indefinição permaneceu sobre qual das duas foi responsável pelo ataque.[8][9] De acordo com o site chadiano Alwihda Info, o ataque foi reivindicado pela facção de Abubakar Shekau, que transmitiu um vídeo dos combates por meio de sua agência Altabayn.[3][10] No entanto, as imagens transmitidas trazem o logotipo do Estado Islâmico na África Ocidental, uma facção considerada muito mais poderosa do que a de Shekau.[9] Além disso, a área de ação de Shekau se situa sobretudo na floresta de Sambisa, enquanto o Estado Islâmico na África Ocidental é conhecido por atuar no Lago Chade.[3] No entanto, a área de ação do Boko Haram estendeu-se ao Lago Chade no final de 2019 com a formação de uma célula chamada "grupo Bakura", composta por chadianos da etnia buduma e combatentes do Estado Islâmico na África Ocidental que desertaram, jurando oficialmente lealdade a Abubakar Shekau em outubro de 2019.[11] Este grupo era liderado por Ibrahim Bakoura, que foi morto durante uma operação do exército nigerino entre 10 e 16 de março.[12] De acordo com uma fonte militar chadiana do Le Monde, o ataque também poderia ter sido coordenado entre os dois grupos.[13] BaixasO presidente Idriss Déby foi ao local do ataque no dia seguinte e anunciou o saldo de 92 mortos e 47 feridos do exército.[4][14] Em 25 de março, o número de mortos foi revisado para 98 mortos e 47 feridos de acordo com o Exército Nacional do Chade, o que também indica que as baixas “do lado inimigo” não puderam ser determinadas.[2][15][3] Um oficial superior disse anonimamente à AFP que 24 veículos do exército foram destruídos, incluindo veículos blindados, e que o equipamento militar foi levado pelos jihadistas em cinco embarcações a motor de popa.[4] Três dias de luto nacional forma decretados no Chade.[16] Estas forma as baixas mais pesadas do exército chadiano na luta contra os jihadistas.[4][6][15] O Presidente Idriss Déby disse: "Já estive em muitas operações, mas perder de uma só vez tantos homens é a primeira vez em nossa história. Estou enojado. Vamos revisar todo o nosso sistema para evitar o que Bouma experimentou".[6] Ele acrescenta: "Recuso esta derrota e a resposta deve ser fulminante",[15] antes de lançar em 31 de março um contra-ataque às margens do Lago Chade, a Operação Cólera de Bohama.[1] Notas
Referências
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