Basil Davidson
Basil Risbridger Davidson (Bristol, 9 de novembro de 1914 — Londres, 9 de julho de 2010[1]) foi um jornalista, escritor, historiador e africanista britânico, especialista no período colonial dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Os temas centrais da sua obra são o colonialismo, o surgimento dos movimentos africanos de emancipação e os dilemas atuais do continente africano. BiografiaDurante a Segunda Guerra Mundial, a coberto da sua atividade profissional de jornalista do The Economist, Basil Davidson trabalhou para os serviços secretos britânicos em Paris, Budapeste, Belgrado e no Cairo. Depois da guerra foi correspondente em Paris das publicações The Times, Daily Herald, New Statesman e The Daily Mirror. A partir de 1951 começou a tornar-se uma reconhecida autoridade em história africana, tema ainda pouco explorado na década de 1950. Os seus estudos destacam as realizações da África pré-colonial, os efeitos desastrosos do tráfico transatlântico de escravos, a partilha de África e o legado da colonização europeia. Um dos melhores conhecedores de África, Davidson foi o único repórter que, durante a Guerra Colonial Portuguesa, visitou as regiões libertadas da Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, conduzido pela mão de Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Eduardo Mondlane. Foi "Honorary Fellow" da School of Oriental and African Studies (SOAS) de Londres. Prémios e distinçõesEm 1960, foi premiado pelo seu livro The Lost Cities of Africa (título traduzido: As Cidades Perdidas da África) com o "Anisfield-Wolf Award". Em 1970, Haile Selassie condecorou-o com a medalha de ouro pelo seu trabalho em prol da história africana. Foi, também, agraciado pela Open University da Grã-Bretanha em 1980 e pela Universidade de Edimburgo em 1981. Pela sua série televisiva Africa recebeu o "Gold Award", no Festival Internacional de Cinema e Televisão de Nova Iorque em 1984. A 19 de setembro de 2001, foi agraciado pelo presidente português Jorge Sampaio com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[2] No ano seguinte, foi a vez do presidente da Cabo Verde, Pedro Pires, o agraciar com o Primeiro Grau da Ordem Amílcar Cabral. Obras principais
Referências
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