Bangiku
Bangiku (晩菊? lit. "crisântemo noturno") (bra: A Flor do Crepúsculo/prt: Crisântemos Tardios)[3][4] é um filme de drama japonês de 1954 dirigido por Mikio Naruse. Sua história gira em torno de quatro gueixas aposentadas e suas lutas para sobreviver em Tóquio após a Segunda Guerra Mundial.[1][2] O filme é baseado em três contos da escritora Fumiko Hayashi. SinopseBangiku retrata as vidas de quatro gueixas já aposentadas, Kin, Tamae, Tomi e Nobu, durante um período de quatro dias consecutivos. Kin é uma agiota e empresária impiedosa que insiste que deve ser paga por suas ex-irmãs gueixas Tamae, Tomi e Nobu. Seu consultor financeiro, Itaya, tenta convencê-la a comprar terras no interior, no campos, pois os preços estão constantemente aumentando de valor. Tamae e Tomi, ambas viúvas, moram juntas. Tamae sofre de enxaquecas e, como resultado, não consegue trabalhar com a frequência que gostaria e deveria em um emprego de faxineira em um hotel. Ela também está descontente com o relacionamento de seu filho Kiyoshi com uma mulher mais velha, que o paga para fazer seu trabalho. Tomi não consegue pagar suas dívidas devido ao seu vício em jogos de azar. Ela lamenta o próximo casamento de sua filha Sachiko com um homem mais velho e tenta persuadi-la a não realiza-lo. Nobu dirige um restaurante com o marido, frequentado pelas outras ex-gueixas. Seki, um ex-cliente de Kin, que foi enviado para a prisão depois de tentar matá-la e cometer suicídio após essa tentativa, tenta pedir dinheiro emprestado a ela, mas rapidamente recebe um não. Kin fica animada quando ouve que seu ex-patrono e amante, o ex-soldado Tabe, está retornando a Tóquio. Para sua decepção, Tabe também quer seu dinheiro emprestado. Ela diz não ao seu pedido e queima a foto que tinham juntos para apagar todas as memórias restantes com Tabe. Tamae e Tomi acabam sendo deixadas sozinhas quando Kiyoshi parte para Hokkaido com o objetivo de trabalhar lá e Sachiko indo morar com seu futuro marido. Kin ouve de Nobu que Seki foi preso por um crime relacionado a dinheiro, mas ela não se importa muito com a situação. Kin entra num trem com Itaya para inspecionar possíveis imóveis no campo que ela planeja adquirir. Elenco
Fonte literáriaBangiku é baseado nos contos de Fumiko Hayashi, Bangiku (1948), Shirasagi (1949) e Suisen (1949).[5][6] A história de Bangiku, no qual é mais focado em contar a trajetória da personagem Kin,[7] foi traduzida para o inglês por Lane Dunlop e está disponível na antologia A Late Chrysanthemum: Twenty-One Stories from the Japanese.[8] Suisen, que inspirou a subtrama relacionada a Tamae e seu filho Kiyoshi, foi traduzido por Joan E. Ericson e está incluído em seu livro Be a Woman: Hayashi Fumiko and Modern Japanese Women's Literature.[9] RecepçãoBangiku ficou em 7º lugar na lista da Kinema Junpo dos dez melhores filmes japoneses de 1954,[10] mas não ficou imune de algumas críticas.[11] Os críticos de cinema Heiichi Sugimoto e Shinbi Iida reconheceram a caracterização das protagonistas femininas, que ultrapassava os estereótipos dos filmes da época, e as atuações do elenco principal (Haruko Sugimura, geralmente escalada para papéis coadjuvantes, tem um de seus poucos papéis principais neste filme), mas culpou a falta de profundidade de psicológica das personagens em comparação com as histórias originais de Hayashi.[11] Em contrapartida, Bangiku é frequentemente considerado uma dos melhores filmes feitos por Naruse.[12][13] Em sua análise de 2006 no Chicago Reader, Jonathan Rosenbaum intitulou o filme como uma "obra-prima", destacando sua "energia e retrato vívido".[12] Keith Uhlich da Slant Magazine concedeu ao filme quatro estrelas e chamou-o de "o filme mais perfeito de Naruse".[14] Prêmios
LegadoBangiku foi exibido em vários institutos importantes, notadamente no Berkeley Art Museum e Pacific Film Archive em 1985,[13] no Museu de Arte Moderna de Nova York em 1985,[16] no Harvard Film Archive em 2005[17] e no Gene Siskel Film Center em 2006.[12] Referências
Ligações externas
|