Avelino Teixeira da Mota
Avelino Teixeira da Mota (Lisboa, São José, 22 de Setembro de 1920 — Lisboa, 10 de Abril de 1982), foi um distinto oficial da Marinha de Guerra Portuguesa, historiador e político. Foi figura marcante da historiografia e, de uma forma geral, da cultura portuguesa do século XX.[1] BiografiaPrimeiros anos e educaçãoAvelino Teixeira da Mota nasceu na cidade de Lisboa em 22 de Setembro de 1920, filho de Avelino da Mota e de Isaura Teixeira. Iniciou os seus estudos na Escola Primária Oficial N.º 44, concluindo o ensino secundário no Liceu Passos Manuel em 1938. Nesse mesmo ano entra para a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, para frequentar as disciplinas necessárias à admissão na Escola Naval (Álgebra, Física, Química e Desenho), cadeiras em que foi aprovado em Julho de 1939. Entrou na Escola Naval em 15 de Setembro de 1939, onde concluiu o curso em 1943. Carreira militar e políticaIntegrou-se na Marinha em 16 de Setembro de 1943, com posto de Segundo Tenente. Entre 1945 e 1947, serviu na Guiné Portuguesa com o governador Sarmento Rodrigues, e entre 1948 e 1957 fez parte da Missão Geo-Hidrográfica da Guiné. Em 1953, por ordem do Ministério dos Negócios Estrangeiros, inicia o inventário e reprodução fotográfica da cartografia antiga portuguesa dos territórios ultramarinos. Em 1958, passou a dirigir a Secção de Lisboa do Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga da Junta de Investigações do Ultramar. Em 1964, servia como Vogal do Conselho Ultramarino, e entre 1959 e 1964 leccionou na Escola Naval, continuando depois, entre 1965 e 1969, a carreira docentes como professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou História da Expansão Portuguesa. Em 1970 e 1971, exerceu como chefe do estado-maior do Comando Naval de Angola.[2] Em 1976, passou à reserva, possuindo nessa altura o posto de presidente do Tribunal da Marinha.[2] Atingiu o posto de contra-almirante.[2] Também exerceu como deputado pela Guiné, entre 1957 e 1961.[2] Pertenceu a várias instituições nacionais e estrangeiras, destacando-se a sua nomeação como membro da Academia Portuguesa de História em 1954, e como sócio na Academia das Ciências de Lisboa em 1959.[2] Publicou, em conjunto com Armando Cortesão, as obras Portugaliae Monumenta Cartographica e Tabularum Grographicarum Lusitanorum Specimen, ambas em 1960.[2] HomenagensEm 3 de Março de 2004, o nome de Teixeira da Mota foi colocado numa rua em Lagos.[2][3] O seu nome também foi colocado numa avenida na zona de Chelas, em Lisboa. Obras publicadas
ReferênciasBibliografia
|