Como a Antártida nunca foi permanentemente ocupada por humanos, historicamente há muito pouca atividade militar na Antártida. Enquanto o Sistema do Tratado da Antártida, que entrou em vigor em 23 de junho de 1961, bane a atividade militar na Antártida, o pessoal e o equipamento militar pode ser usado apenas para pesquisa científica ou qualquer outro propósito pacífico (tal como entregas de suprimento) no continente.[1]
O Tratado Antártico proíbe especificamente a atividade militar em terra ou plataformas de gelo abaixo de 60°S. Enquanto o uso de armas nucleares está absolutamente proibido, o Tratado não se aplica à atividade naval dentro destas fronteiras (no Oceano Antártico) que há tanto tempo já ocorre em alto mar.
Operações notáveis
As forças militares de muitos países têm dado apoio à expedições e bases científicas na Antártida. Operações notáveis e expedições incluíram:
John Keegan e Andrew Wheatcroft, em seu livro de 1986 'Zones of Conflict: An Atlas of Future Wars', mencionaram que os interesses estratégicos na Antártida derivam de duas causas: a econômica e a estratégica. A Antártida tem grande potencial de valor econômico, em termos de recursos minerais e petrolíferos. Estrategicamente, houve uma preocupação contínua sobre manter a rota do Cabo Horn disponível como livre passagem durante a Guerra Fria, como, entre outras coisas, os porta-aviões dos EUA não podem passar através do Canal do Panamá. As Ilhas Falkland, Keegan e Wheatcroft continuam por assim dizer, a dominar a Passagem Drake, um 'trecho de água turbulento separando a América do Sul da Antártida'. Esta foi um fator menos divulgado durante a Guerra das Falklands.[6]
Entretanto, com a dissolução da União Soviética e a competição crescente por recursos de combustível fóssil, a lógica econômica, mais do que a 'estratégica' é provavelmente a mais importante no início do século XXI.[7]
↑Keegan, John; Andrew Wheatcroft (1986). Zones of Conflict: An Atlas of Future Wars. New York: Simon and Schuster. ISBN0671601156A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
↑Bergin, Anthony (20 de fevereiro de 2007). «Six reasons Antarctica is crucial». Australian Financial Review. 63 páginas