Associação Desportiva Jaraguá
A Associação Desportiva Jaraguá, ou simplesmente Jaraguá Futsal, é um clube de futsal brasileiro da cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Fundado em 15 de fevereiro de 1992, está entre as principais equipes da modalidade no Brasil. O clube se destacou nacionalmente após se associar à Malwee, uma das maiores empresas do ramo têxtil do país, formando a histórica parceria que, de 2001 a 2010, proporcionou alto nível de estrutura e grandes contratações. Desde então, se tornou uma potência do esporte: a equipe ostenta 12 títulos catarinenses, 4 Superligas, 7 Taças Brasil, 6 Libertadores e 5 Ligas Nacionais, entre muitos outros títulos. Nos últimos anos, o Jaraguá se reestruturou com o retorno de grandes nomes de sua história e reafirmou sua posição de destaque no futsal brasileiro ao vencer o pentacampeonato da Liga Nacional, em 2024. Atualmente, divide o posto de maior campeão nacional e continental com a equipe de Carlos Barbosa. HistóriaO Jaraguá Futsal começou sua trajetória no final dos anos 90, com o apoio da rede de supermercados Breithaupt, conquistando o bicampeonato catarinense em 1999 e 2000. A partir de 2001, com o patrocínio da Malwee, o clube passou a se destacar no cenário nacional e iniciou uma era de ouro no futsal brasileiro[1]. Entre 2002 e 2006, o Jaraguá dominou o futsal catarinense ao vencer cinco títulos estaduais consecutivos. Em 2005, alcançou um marco importante ao conquistar sua primeira Liga Nacional de Futsal, competição de maior prestígio no Brasil[2]. Nesse mesmo período, o time venceu seis edições consecutivas da Taça Brasil de Futsal, de 2003 a 2008, além do hexacampeonato seguido da Copa Libertadores da modalidade, entre 2004 e 2009. O ano de 2007 marcou a inauguração da Arena Jaraguá, uma das mais modernas do país, com capacidade para 8.500 pessoas. No mesmo ano, o Jaraguá venceu a Liga pela segunda vez, superando o rival Joinville. Já em 2008, conquistou novamente o título ao derrotar a Ulbra e, em 2010, sagrou-se tetracampeão nacional, vencendo o Copagril na final[3]. A lista de ídolos se tornou cada vez mais extensa durante a década de sucesso esportivo absoluto. Entre eles, destacam-se: Falcão, para muitos o maior jogador de futsal da história e que desfilou seu auge pelo aurinegro, Lenísio, Chico, Leco e Tiago. Até hoje, os cinco possuem seus rostos estampados em faixas estendidas pela torcida. Na área técnica, Fernando Ferreti foi o responsável por comandar a equipe jaraguaense na maior parte de suas grandes conquistas. Em 2011, com o encerramento da parceria com a Malwee[4], o Jaraguá se afastou do âmbito nacional por uma temporada. Com novos patrocinadores, se manteve na disputa apenas de competições estaduais. Em 2012, retornou à Liga Nacional de Futsal. Dois anos depois, alcançou o terceiro lugar no campeonato e, na temporada seguinte, sagrou-se heptacampeão da Taça Brasil contra o Sorocaba, em casa[5]. Para coroar o longo período de reestruturação, com o apoio da torcida e de ídolos formados nos anos de glória, o Jaraguá Futsal derrotou o Praia Clube nos pênaltis e voltou a conquistar a Liga após 14 anos, em 2024. Ao vencer a final única disputada em Carlos Barbosa, o clube se igualou ao rival regional da cidade-sede e alcançou o posto de maior campeão do país, com 5 títulos, voltando a honrar suas tradições vitoriosas. A fundação (1992-1994)A semente do Jaraguá Futsal foi plantada em 15 de fevereiro de 1992, com a criação da Associação Desportiva Jaraguá (ADJ). Nascia ali a iniciativa de um grupo de abnegados desportistas que vislumbrava o fortalecimento do futsal na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Logo após a fundação, o clube se filiou à Federação Catarinense de Futebol de Salão, estreando em competições oficiais e contando com o apoio de empresas locais para viabilizar as primeiras participações. Em dezembro do mesmo ano, já com patrocínio da Darpe, a ADJ disputou o Campeonato Catarinense, anotando uma goleada por 8 a 1 contra o Seis de Janeiro, resultado que mostrava o potencial daquele jovem projeto. No entanto, a consolidação ainda estava distante. Em 1993, o time reforçou o elenco, trazendo atletas experientes para buscar protagonismo no Estadual. Após uma pré-temporada com amistosos, a estreia foi vitoriosa, superando o Mafra por 5 a 3 fora de casa. Mas a realidade financeira não tardou a cobrar seu preço: ao fim de apenas dois meses de temporada, a empresa patrocinadora retirou seu apoio, inviabilizando a continuidade imediata do projeto. Muitos jogadores migraram para outros centros esportivos, enquanto a diretoria era forçada a interromper a empreitada naquele momento. A reativação veio já em 1994, a partir da base. Com a ajuda de treinadores dedicados, entre eles o técnico Maneca — que mais tarde se tornaria uma peça-chave na formação de jovens talentos —, o clube firmou convênio com a antiga Fundação Municipal de Esportes, dando início a um trabalho de formação que visava preparar atletas da cidade desde as categorias inferiores, garantindo continuidade e, no longo prazo, solidez ao projeto.[6] Primeiros passos (1995-2000)Em 1995, o futsal adulto de Jaraguá do Sul retornou às quadras após a interrupção, mas agora com um perfil totalmente diferente: o elenco era formado predominantemente por garotos revelados na base. Sob o comando de Maneca, a jovem equipe precisou superar inúmeros obstáculos, desde a falta de estrutura até a pressão de enfrentar adversários mais experientes. Ainda assim, o esforço da diretoria e a dedicação dos atletas começaram a render frutos rapidamente. O ano de 1996 foi um marco: sem contratações de peso, o time surpreendeu todo o estado, conquistando títulos importantes, como o Estadual Sub-20 e a Divisão de Acesso, além de se destacar nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina. Era a prova de que o trabalho de base estava no caminho certo e que a cidade abraçava o projeto, transformando o ginásio Arthur Müller em um reduto fervoroso da modalidade. Em 1997, com a saída de jogadores mais velhos, novamente uma nova geração — desta vez nascida em 1981 e campeã do Sub-16 no ano anterior — assumiu a responsabilidade, mantendo a base do crescimento. Apesar de não obter resultados de grande expressão naquele ano, a equipe solidificou sua conexão com a torcida e criou o ambiente propício para voos mais altos. Em 1998, diante de poucos recursos, a ideia de cobrar ingressos a um real por jogo no Arthur Müller despertou o orgulho local, enchendo o ginásio e impulsionando o time em partidas acirradas contra as principais equipes do estado. Apesar das limitações, o clube alcançou as quartas de final do turno do Campeonato Catarinense, caindo diante de equipes tradicionais, mas mostrando competitividade e resiliência. O verdadeiro salto veio em 1999, quando a gestão da ADJ se reestruturou com a chegada de novos patrocinadores e a criação de um conselho de aproximadamente 60 pessoas, entre empresários e apoiadores locais. Com investimento da empresa Breithaupt, o clube tornou-se mais profissional e, com o retorno de ídolos formados na base, conquistou seu primeiro título nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), realizado em Chapecó. Também levou, de forma histórica, o título estadual, em finais realizadas no Ginásio do SESI, totalmente lotado, marcando o início de uma era de conquistas inéditas. Com o embalo de 1999, o ano 2000 trouxe novos desafios, incluindo a estreia em competição nacional, na Taça Brasil, no Rio de Janeiro. Ali, a equipe enfrentou gigantes como Vasco da Gama e Atlético Mineiro, duas das maiores forças do futsal brasileiro à época, testando a qualidade técnica e a maturidade do Jaraguá Futsal. Ainda que não tenha avançado às fases decisivas, o clube firmou seu nome no cenário nacional, pavimentando o caminho para as glórias que viriam nos anos seguintes. Assim, ao término dessa primeira fase, a ADJ — agora popularmente conhecida como Jaraguá Futsal — deixava de ser um simples sonho para se transformar em uma referência do futsal catarinense e brasileiro.[6] Chegada da Malwee (2001-04)Com a estrutura estadual consolidada, o ano de 2001 marcou a busca por um salto nacional. A diretoria da ADJ encontrou na Malwee o grande patrocinador que mudaria o rumo do futsal jaraguaense. Por intermédio do então prefeito Irineu Pasold e do empresário Wander Weege, firmou-se a parceria que introduziria o nome da empresa têxtil à história do clube. Após a saída de Maneca do comando técnico, o clube trouxe Fernando Ferretti, um treinador que vinha da seleção da Guatemala e ainda era desconhecido no Brasil. Em paralelo, nomes consagrados começaram a surgir, com destaque para a chegada de Manoel Tobias, o então melhor jogador do mundo. Ainda em 2001, a Malwee (nome pelo qual o Jaraguá passou a competir) participou da Taça Brasil, mas não chegou à semifinal. Mesmo assim, levantou títulos como os Jogos Abertos, superando Curitibanos e Brejeiros da Madrugada, além de consolidar uma base forte com atletas locais como Xande, Chico, Paulinho Friedmann, Chiquinho, Junai, Dedezinho, Daniel Cearense, Patrick e Júlio César. Em 2002, mantendo a base e acrescentando nomes pontuais, a Malwee venceu as principais competições do estado, incluindo Estadual, JASC, Copa Sul e Copa Santa Catarina, sempre diante de adversários fortes. No cenário nacional, porém, as dores do crescimento persistiram, com derrotas em momentos decisivos, especialmente para Minas e Carlos Barbosa. Ainda assim, a equipe seguia se fortalecendo. A temporada de 2003 marcou a saída de Manoel Tobias, que acabou substituído por uma contratação bombástica: Falcão, jovem craque que despontava no futsal nacional. Com ele, a Malwee conquistou seu primeiro título inédito da Taça Brasil, no ginásio do Parque Malwee, em uma final emocionante. A equipe também garantiu o Sul-Americano e seguiu firme em outras competições, ainda buscando o amadurecimento na Liga Nacional. Em 2004, o elenco foi mantido quase integralmente, com adições como Valdin e Marcão. O ano começou com o bicampeonato da Taça Brasil em Goiânia, num duelo eletrizante contra Carlos Barbosa (11 a 9). Em seguida, vieram o primeiro título Sul-Americano, na Argentina, batendo rivais como Boca Juniors, e o bicampeonato da Libertadores. A equipe ainda celebrou conquistas no JASC e no Estadual, fortalecendo sua hegemonia regional. Porém, após receber a premiação de melhor do mundo na Suíça, Falcão deixou o time para tentar carreira no futebol de campo, marcando o fim de um ciclo de quatro anos de ascensão constante.[6] Anos de dominância (2005-07)A temporada de 2005 começou com uma meta clara: conquistar a tão almejada Liga Nacional. Após anos acumulando títulos estaduais, regionais e continentais, a equipe da Malwee desejava o troféu que consolidaria sua condição de potência nacional. Foi nesse contexto que ocorreu um fato marcante: o retorno de Falcão ao futsal. Após deixar o São Paulo, o craque voltou a vestir a camisa jaraguaense disposto a compensar o tempo fora das quadras. Somado ao comando técnico de Fernando Ferretti e ao elenco que já mesclava experiência e juventude, esse retorno elevou a competitividade da equipe a um nível inédito. O resultado foi espetacular: em 2005, a Malwee disputou 13 competições e conquistou 10 títulos, incluindo o grande objetivo da Liga Nacional, além de Sul-Americano, Libertadores, Taça Brasil, Estadual e JASC, firmando-se como referência mundial do futsal. O time exibia regularidade, técnica, força coletiva e o protagonismo de Falcão, que chegou a marcar 25 gols em seu retorno após uma atuação épica contra o Atlântico. O ano arrebatador, portanto, não só trouxe a taça que faltava, mas consolidou a imagem da Malwee como a grande força do futsal brasileiro. A partir daí, em 2006 e 2007, o clube manteve sua hegemonia. Em 2006, vieram o tetra da Taça Brasil, novas conquistas continentais e o fortalecimento do elenco com nomes como Donny, Aladinho, Dimas, Jonas, Dão e o jovem Augusto. Mesmo com tropeços diante do Intervíu no Intercontinental, o domínio no cenário brasileiro e sul-americano persistiu. Já em 2007, a inauguração da moderna Arena Jaraguá levou a atmosfera do futsal local a um patamar ainda mais alto: com média de 4.500 pessoas por jogo, a equipe seguiu empilhando taças, como o pentacampeonato da Taça Brasil e o tricampeonato da Liga Nacional, selando um período de supremacia absoluta e transformando Jaraguá do Sul na “capital do futsal”.[6] Fim da "Era Malwee" (2008-10)A partir de 2008, a ausência de seus principais jogadores, constantemente convocados pela Seleção Brasileira, prejudicou a preparação do time. Na Superliga, a Malwee caiu na semifinal, e no Intercontinental perdeu de forma acachapante novamente para o Intervíu (6 a 1 na Espanha). Mesmo assim, o elenco se recuperou na Libertadores, goleando o Deportivo Táchira e mantendo-se campeão. Na Liga Nacional, após muito equilíbrio, garantiu o tricampeonato consecutivo em uma campanha que exigiu superação, sobretudo com suspensões de atletas-chave após confusões em jogos no sul de Santa Catarina. Em 2009, algumas peças foram dispensadas, mas o time seguiu forte. Conquistou o hexa da Taça Brasil (num formato diferente, superando Joinville na semi e São José na final), manteve a supremacia no Estadual e faturou o quinto título da Libertadores. Com o retorno de Xoxo e a chegada de Cabreúva, a Malwee seguiu mostrando força, embora já sentisse desgastes em disputas nacionais. Ao final da temporada, ficaram frustrações com eliminações, mas ainda assim o saldo de conquistas era notável. O ano de 2010 trouxe um clima de despedida. Mesmo após reforços — como Índio, Basílio, Bruno Souza e Jonathan — e o tetra da Superliga em Betim, a notícia do fim do patrocínio Malwee, prevista para dezembro, pairava no ar. Ainda assim, o time seguiu competitivo, eliminando Joinville nas quartas de final da Liga, passando por Carlos Barbosa na semifinal e superando a Copagril na decisão, garantindo o tetracampeonato nacional. Três dias após o triunfo, anunciou-se o fim da "Era Malwee". Jogadores e torcida se despediram com uma volta olímpica na Arena, exibindo os 47 troféus conquistados em uma década mágica. Emocionado, Falcão elogiou a seriedade do projeto e o impacto no futsal brasileiro. Assim, o final de 2010 marcou o encerramento de um dos períodos mais vitoriosos da história do futsal mundial, deixando Jaraguá do Sul eternamente gravada no mapa da modalidade.[6] O recomeço (2011-14)Após o fim do patrocínio em 2010, o futsal de Jaraguá do Sul buscou alternativas para retornar às atividades no adulto. Em 2011, a diretoria, agora sem o aporte milionário de outrora, apostou em uma reconstrução a partir da base local. Contou com a experiência de Augustinho Ferrari, envolvido no desenvolvimento de jovens talentos do Colégio Evangélico Jaraguá, e promoveu garotos nascidos entre 1989 e 1995. A decisão era clara: iniciar um novo ciclo, com nomes formados na cidade e na região. Com o passar do ano, reforços pontuais como Dian Luka, Xoxo e Erick ajudaram o time a disputar torneios estaduais, levando o título dos JASC. O grupo, repleto de jovens, chegou perto do Estadual, perdendo a decisão para o Concórdia na prorrogação. Em 2012, já mais estabelecido, o clube voltou à Liga Nacional, ainda com patrocínios mais modestos. Manteve a base jovem, trouxe Jonas e William de volta e, sob o comando técnico de Renato Vieira — depois substituído por Banana —, chegou às quartas de final da Liga, sendo eliminado por Carlos Barbosa. No Estadual, outra campanha sólida, mas com derrota na final, novamente para o Joinville. Na temporada de 2013, com o técnico Sergio Lacerda, o time cresceu e avançou ao mata-mata, porém caiu novamente nas quartas, dessa vez diante do Corinthians. A virada veio em 2014, com reforços como Baranha, Caio e Diego Menezes. O Jaraguá retornou à decisão do Catarinense diante de um ginásio lotado, recuperou o título estadual sobre o rival Joinville e fez uma campanha brilhante na Liga Nacional, liderando a primeira fase com apenas uma derrota. Após eliminar o JEC nas quartas com uma goleada histórica por 4 a 0, parou na semifinal contra o emergente time de Sorocaba, que contava com atuações inspiradas do goleiro Tiago. Embora não tenha ficado com a taça nacional, voltar a uma semifinal de Liga após quatro anos foi um sinal de evolução. Mesmo sem títulos nacionais neste período, o projeto encontrava novos rumos e a cidade voltava a abraçar a equipe.[6] Volta aos trilhos (2015-19)Em meio às dificuldades financeiras, o fim de 2014 trouxe incertezas. A CSM, principal patrocinadora, reduziu verbas, e o futuro no adulto parecia ameaçado. Contudo, a paixão local pelo futsal e a disposição do empresário Wander Weege ajudaram a reerguer o projeto em 2015. Com a manutenção da base e alguns reforços, o Jaraguá conquistou, em março, o seu sétimo título da Taça Brasil derrotando o Sorocaba, em plena Arena Jaraguá. Esse retorno às conquistas reacendeu o entusiasmo da torcida. Em dezembro, o time encerrou um jejum de taças ainda maior ao ganhar o nono Estadual, goleando o rival Joinville na Arena lotada. Essas façanhas criaram expectativas para 2016, ano em que o Jaraguá conquistou a Supercopa (vencendo Carlos Barbosa nos pênaltis após empate em 2 a 2) e garantiu vaga na Libertadores, disputada no Paraguai. O clube chegou à final continental, ficando com o vice-campeonato ao perder por 4 a 2 para o Cerro Porteño. Contudo, problemas administrativos e financeiros minaram o ambiente. Sem receber salários, jogadores e comissão técnica ameaçaram não entrar em quadra, e a crise levou a uma campanha aquém do esperado na Liga e no Catarinense. Em 2017, a diretoria passou por mudanças, com Marcio Hafemann assumindo a presidência e, ao lado dele, Francis Fachini, da Fakini Malhas, investindo no time. Ajustes financeiros e esportivos deram novos rumos, e em 2019 a equipe, comandada por Lucas Chioro, voltou a figurar entre as melhores da Liga Nacional, alcançando novamente a semifinal. Embora não tenha conseguido o título, o clube mostrava resiliência e capacidade de se adaptar, mesmo sem a pujança de outrora.[6] Retorno do campeão (2020-24)Após um período de altos e baixos, o Jaraguá Futsal iniciou a década de 2020 em busca de uma gestão mais sólida e profissional. O clube apostou no equilíbrio entre tradição e renovação, trazendo ídolos de outrora, mesclando-os a nomes emergentes do futsal nacional. A volta de personagens marcantes da era Malwee, como Xande Melo (agora técnico) e Junai (superintendente), somou-se à permanência de referências recentes como Leco, Eka e o goleiro Tiago. Com esses pilares, a equipe retomou o caminho das conquistas, voltando a erguer o troféu do Estadual em 2022, encerrando um jejum de seis anos sem títulos. A vibração da torcida na Arena Jaraguá comprovava que o espírito vencedor continuava vivo. Em 2023, o clube manteve o foco em fortalecer o elenco e a estrutura. Com uma base experiente e reforços pontuais, o Jaraguá seguiu competitivo no cenário catarinense e nacional. Embora não tenha alcançado grandes glórias naquele ano, o trabalho de bastidores, a manutenção do grupo e o aprimoramento do planejamento prepararam o terreno para um feito histórico no ano seguinte. O ano de 2024 entrou para a história do futsal. Depois de 14 anos sem conquistar a Liga Nacional, o Jaraguá voltou ao topo em uma campanha inesquecível. Terceiro colocado na fase classificatória, o time encarou gigantes no mata-mata, superando Corinthians, ACBF e Pato — todos campeões da Liga em edições recentes. Na grande final contra o Praia Clube, a emoção atingiu níveis altíssimos no Centro Sérgio Luiz Guerra, em Carlos Barbosa. Após um empate eletrizante por 2 a 2 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. Nenén Ribeiro, Eka, Bruninho, Marcênio e Pedrinho obtiveram um aproveitamento perfeito nas primeiras cinco cobranças. O Praia também converteu suas cinco primeiras tentativas. Na sexta batida, Yan marcou para o Jaraguá, enquanto Rabisco parou nas mãos do goleiro Nicolas, herói da noite. O placar de 6 a 5 nos pênaltis garantiu o pentacampeonato da Liga ao Jaraguá, que se igualou a Carlos Barbosa como o maior campeão do país. A torcida, que viajou mais de 500 quilômetros para assistir à final única no Rio Grande do Sul, explodiu em alegria, relembrando o sentimento épico dos títulos de 2005, 2007, 2008 e 2010[7]. A conquista de 2024 coroou uma trajetória de renascimento e perseverança, consolidando o Jaraguá novamente no topo do futsal brasileiro. Agora, com a 30ª edição da LNF se aproximando em 2025, o Jaraguá entrará como o time a ser batido, defendendo seu título. A história, repleta de muitos altos e alguns baixos, mostra que a vontade de vencer e a conexão entre clube, cidade e torcida segue intocável, mantendo Jaraguá do Sul como um dos grandes polos do futsal mundial.[6] Títulos
Outras conquistas
Campanhas de destaque
Elenco atual
Referências
Notas
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