Arnaldo Guinle
Arnaldo Guinle (Rio de Janeiro, 2 de março de 1884 — Rio de Janeiro, 26 de agosto de 1963) foi um dirigente esportivo do Fluminense Football Club, filho de Eduardo Pallasim Guinle e Guilhermina Coutinho da Silva. Promoveu grandes empreendimentos no clube, tendo por isso recebido o mais alto reconhecimento, o título de "patrono", aprovado em 17 de julho de 1920, em Assembleia Geral.[1] GestãoAdmitido em 10 de outubro de 1902, Guinle foi o 48º sócio do clube. Remido em 30 de maio de 1915 e benemérito em 4 de janeiro de 1916, assumiu a presidência do clube em 18 de abril do mesmo ano, permanecendo no cargo até 1930,[2][3] devido à renúncia de Joaquim da Cunha Freire Sobrinho. Arnaldo se destacou por ter construído o primeiro estádio do Brasil para grandes públicos. Construiu também a primeira piscina em um clube de futebol brasileiro, o ginásio, o estande de tiro desportivo, o estádio de tênis, uma das mais belas sedes de clube de futebol no Brasil, com instalação de vitrais franceses, lustre de cristal e pinturas art nouveau. Também foi ele o maior responsável pela fundação do Iate Clube do Rio de Janeiro — então surgido como Fluminense Yacht Club — em 25 de março de 1920, na sede do Fluminense Football Club, por 28 sócios deste clube que, liderados por Arnaldo, almejavam uma entidade para práticas náuticas.[4][5] Deu apoio incondicional ao futebol do clube, que vivenciou seu segundo tricampeonato. Criou ainda o Conselho Deliberativo, o primeiro em um clube brasileiro, e o Natal das crianças pobres, iniciado em 1923.[6] Arnaldo foi um dos mais fortes participantes do movimento de implantação do profissionalismo no esporte carioca.[7] Quase no fim de sua gestão, o Fluminense recebeu a visita do Rei Eduardo VIII, o Príncipe de Gales e, mais tarde, a do Príncipe Jorge. A comissão de festejos do Ministério do Exterior incumbiu o Fluminense de organizar uma partida de futebol em homenagem aos ilustres visitantes. Sob o patrocínio do Fluminense Football Club enfrentaram-se, em 6 de abril de 1931, os paulistas e cariocas, tendo sido o placar de 1 a 6. Arnaldo Guinle retornou à presidência do clube no triênio 1943–1945, quando desenvolveu as reuniões sociais, conseguindo que o quadro social atingisse a marca dos 7.834 associados. Guinle também presidiu órgãos como a antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD),[8] entre 1916 e 1920, e a extinta Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA)[9][10] durante toda a sua existência, entre os anos de 1924 e 1933. Bibliografia
Referências
Ligações externas
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