Ardão
Ardão terá sido rei dos visigodos, supõe-se que reinou na Septimânia entre 713 e 720. Contexto históricoA Chronica regum Visigothorum regista os nomes dos reis visigóticos e os anos dos seus reinados. Depois da entronização de Ervígio os manuscritos diferem quanto à continuação dos reis seguintes.[1] A Continuatio codicis C Parisini que consiste de um manuscrito do século XII não menciona Rodrigo e indica que Vitiza sucedeu a Ágila II e depois de três anos ter-lhe-á sucedido Ardão.[2][3] Nem na Crónica Moçárabe nem nas crónicas asturianas posteriores, a Crónica Albeldense e a Crónica de Afonso III, existe menção de Ágila II ou de Ardão, tão pouco nas crónicas árabes. Sucede que as crónicas escritas na zona de influência de Ágila II - Narbonense e Tarraconense, segundo a distribuição das moedas cunhadas em seu nome - desconheceram a existência de Rodrigo, até depois da metade do século XIII quando se traduziu a obra do bispo Rodrigo Jiménez de Rada.[4] Depois do desastre do exército visigótico do rei Rodrigo, e morte do próprio monarca na batalha de Guadalete,[5] os árabes empreenderam a conquista do reino visigótico. O final do reinado de Ágila II pode datar-se com as vitórias árabes no vale do Ebro e em Saragoça, de modo que pode deduzir-se que morreu lutando[6] em 713.[7] Depois da sua morte Ardão foi eleito rei, sendo-lhe atribuído pela crónica um reinado de sete anos.[8] Em 716 os árabes comandados pelo uale Alhor ibne Abderramão Atacafi, cruzaram os Pirenéus e invadiram a Narbonense. A campanha foi continuada pelo seu sucessor Açame ibne Maleque Alcaulani, o qual finalmente completou a conquista da Narbonense em 720.[9] Ardão pode ter morrido, lutando, por esta altura.[8] Referências
Bibliografia
Ligações externas
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