António Zambujo
António José Rodeia Zambujo (Beja,19 de setembro de 1975) é um músico português. Está familiarizado com o Cante alentejano desde criança. O cantor é um dos maiores representantes da música, da cultura e da língua portuguesa da atualidade a nível nacional e internacional.[1] Biografia e carreiraAntónio Zambujo, de seu nome completo António José Rodeia Zambujo, nasceu em Beja, no Baixo Alentejo, no dia 19 de setembro de 1975.[2][3] Devido à sua inerência familiar e localização geográfica, está desde criança ligado ao Cante alentejano e à música em geral. Começou a estudar Clarinete aos 8 anos, estreando-se no Conservatório Regional do Baixo Alentejo. Ainda em pequeno deslumbrou-se com nomes ligados ao Fado como, Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, João Ferreira-Rosa, entre outros.[4] Mudou-se para Lisboa aos 16 anos, em busca do sonho de progredir na música. Com o curso de clarinete no currículo, foi convidado por Mário Pacheco, compositor de Guitarra portuguesa a tocar no Clube do Fado, em Alfama. Pouco depois, em 2000, integra o elenco do musical "Amália", dirigido por Filipe La Féria, no Teatro Politeama. Neste musical interpretou o papel de Francisco da Cruz, o primeiro marido de Amália.[5] Em 2002, o seu primeira trabalho "O Mesmo Fado" é editado pela Ocarina. Apresentado no Clube de Sargentos de Beja. Na sequência do seu êxito, ganha o prémio de "Melhor Nova Voz do Fado". Em 2004, começa a cantar na casa de fados Sr. vinho.[6]E além dos concertos em Portugal, apresenta-se com regularidade em cidades como Toronto, Paris, Sarajevo ou Zagreb. Em 2006 recebe o Prémio Amália Rodrigues na categoria de "Melhor Intérprete Masculino de Fado" e é convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian para o Festival Atlantic Waves, em Londres.[7]No ano seguinte lança "Outro Sentido".[8] Seguem-se os álbuns "Guia" (2010), "Quinto" (2012), "Lisboa 22:38 - Ao Vivo no Coliseu" (2013), Rua Emenda (2014), "Até Pensei Que Fosse Minha" - uma homenagem a Chico Buarque (2016), "Do Avesso" (2018) vencedor do Prémio José Afonso, "Voz e Violão" (2021) e "Cidade" (2023).[9] A 9 de junho de 2015, Aníbal Cavaco Silva (19.° Presidente da República Portuguesa) agraciou-o como Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[10] Atualmente, é um cantor muito conhecido no Brasil. Fez sucessos com versões de muitas músicas desse país e teve apresentações com cantores brasileiros como Roberta Sá, Chico Buarque de Holanda, Ney Matogrosso, Ivan Lins e Zé Renato, dentre outros. Depois de ouvir o João Gilberto, aos 16 anos de idade, passou a querer cantar como ele. Também na Galiza é um cantor que com frequência sobe aos cenários com alguns dos mais reconhecidos artistas da comunidade autónoma espanhola, como Uxía ou Xosé Manuel Budiño, mas também artistas doutros países a residirem nesse lugar, como os brasileiros Paulo Silva ou Sérgio Tannus, ou ainda a angolana Aline Frazão. Em 2019 torna-se mentor no programa da RTP1 The Voice Portugal. No mesmo ano, sua canção "Sem Palavras" foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa.[11] Em 2022, participa com César Mourão, Miguel Araújo e Luísa Sobral no espetáculo "Mais à Larga", percorrendo várias salas do país.[2] Em 2023, António Zambujo, juntamente com o enólogo Luís Leão e João Pedro Freixial, abrem em Vila de Frades, capital do vinho de talha, uma loja de vinhos e espaço cultural, onde foi apresentado o single "Dancemos um slow"[12].
Vida pessoalAntónio Zambujo tem dois filhos: Diogo, nascido em 1999 e João, em 2010.[13] No final de 2023, começou um relacionamento com a cantora Carolina de Deus (25 anos mais nova), tendo terminado em junho de 2024.[14] DiscografiaÁlbuns
Referências
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