António Valverde Martins
António Pedro Valverde Martins (Santiago Maior, Beja, 13 de Outubro de 1935 - Beja, 14 de Novembro de 2020) foi um político, bancário e associativista português. BiografiaNascimentoNasceu na freguesia de Santiago Maior, no concelho de Beja, em 13 de Outubro de 1935.[1] Carreira política e profissionalA sua profissão principal foi como bancário.[2] Teve um papel destacado no Alentejo, principalmente no concelho de Beja, como associativista e sindicalista, tendo sido um dos fundadores e dirigentes da Cooperativa de Produção e Consumo Proletário Alentejano,[2] e durante vários anos exerceu como coordenador na União dos Sindicatos do Distrito de Beja.[3] Foi um dos responsáveis pela fundação do Movimento Unitário dos Reformados Pensionistas e Idosos,[2] no qual exercia como presidente da direção da Federação Distrital de Beja e da mesa da Assembleia Geral da Associação dos Reformados de Beja.[4] Foi igualmente um militante do Partido Comunista Português, do qual chegou a ser dirigente distrital, e exerceu como autarca pela Coligação Democrática Unitária.[2] Foi também deputado na Assembleia da República, pelo Partido Comunista Português.[5] Na sequência do Golpe falhado de 11 de Março de 1975 foi o responsável pela ocupação do Palacete da família Pulido Garcia, para servir como ponto de reunião dos sindicatos.[6] Aquele edifício tinha sido escolhido por ser um dos mais distintos na cidade e por estar quase desocupado.[6] Os membros da família opuseram-se a esta decisão, mas não poderam agir judicialmente devido à situação conturbada pelo qual o país estava a passar, tendo acabado por ceder.[6] Assim, o edifício foi ocupado primeiro pelos sindicatos, e depois pela Cooperativa de Produção e Consumo Proletário Alentejano.[6] Em 2007 colaborou numa reportagem do jornal Avante sobre as condições sociais no Distrito de Beja, tendo criticado a falta de médicos e o encerramento dos hospitais e centros de saúde, entre outros problemas.[7] Falecimento e homenagensFaleceu em 14 de Novembro de 2020, aos 85 anos de idade, no Hospital de Beja,[1] cidade onde residia.[4] O funeral teve lugar no dia seguinte, em Beja.[2] Na sequência da sua morte, a Organização Regional de Beja do Partido Comunista Português emitiu uma nota de pesar onde destacou os seus esforços como militante.[4] A sua morte também foi lamentada pela delegação de Beja do Movimento Unitário dos Reformados Pensionistas e Idosos, que o considerou como um «destacado dirigente e impulsionador do movimento associativo em geral», tendo «contribuído decisivamente para a dinamização do movimento em defesa dos direitos dos reformados e pensionistas através da criação da Federação Distrital de Beja deste movimento».[8] Referências
|