Anori Nota: Não confundir com Anorí (com acento, município da Colômbia).
Anori é um município brasileiro no interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Pertencente à Região Geográfica Intermediária de Manaus e Região Geográfica Imediata de Coari, localiza-se a oeste de Manaus, capital do estado, distando desta cerca de 234 quilômetros. Ocupa uma área de 5 795,283 km²[1] e sua população, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021, era de 21 937 habitantes, sendo assim o quadragésimo quinto município mais populoso do estado do Amazonas e o terceiro de sua microrregião. HistóricoA história de Anori remete-se em conjunto com a história de seu vizinho o município de Codajás, quando foi criado através do decreto estadual número 1186, de 31 de dezembro de 1943 o distrito de Anori subordinado a administração de Codajás, em 29 de dezembro de 1956 foi elevado a categoria de município pela lei estadual nº 117, desmembrando-se de seu vizinho e formando o atual município. Seu nome vem da palavra indígena em Nheengatu[5], "Uanuri"[6] ou "Wanury" regionalmente conhecida como "Ánory", que significa "Tracajá macho", uma espécie de quelônio dulcícola de tom negro azulado com manchas amarelas, facilmente encontrada na região. GeografiaLocaliza-se a uma latitude 03º46'22" sul e a uma longitude 61º38'39" oeste, estando a uma altitude de 120 metros. Possui uma área de 6.274,5 km². Indicadores sociais
- Renda per Capita em 2000 era de 91,12 R$/hab - Percentual da renda proveniente de transferências governamentais em 2000 era de 13,74 %
- Intensidade da indigência em 2000 era de 49,08 % - Intensidade da pobreza em 2000 era de 54,39 % - Percentual de indigentes em 2000 era de 39,59 % - Percentual de pobres em 2000 era de 68,54 %
- Índice de Gini em 1991 era de 0,480 e em 2000 era de 0,590.[7] - Percentual da renda apropriada pelos 10% mais ricos da população em 1991 era de 35,39 % e em 2000 era de 47,08 % - Percentual da renda apropriada pelos 40% mais pobres da população em 1991 era de 13,79 % e em 2000 era de 8,37 % Economia
InfraestruturaSaúdeO município possuía, em 2009, 3 estabelecimentos de saúde, sendo todos estes públicos municipais ou estaduais, entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Neles havia 24 leitos para internação.[9] Em 2014, 98,31% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia. O índice de mortalidade infantil entre crianças menores de 5 anos, em 2016, foi de 26,32 indicando um aumento em comparação a 1995, quando o índice foi de 13,95 óbitos a cada mil nascidos vivos. Entre crianças menores de 1 ano de idade, a taxa de mortalidade aumentou de 9,30 (1995) para 15,04 a cada mil nascidos vivos, totalizando, em números absolutos, 106 óbitos nesta faixa etária entre 1995 e 2016. No mesmo ano, 31,90% das crianças que nasceram no município eram de mães adolescentes. Conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS), órgão do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade devido a acidentes de transportes terrestres não registrou nenhum óbito em 2016, permanecendo o mesmo resultado de anos anteriores, quando não se registrou nenhum óbito neste indicador. Ainda conforme o SUS, baseado em pesquisa promovida pelo Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS, não houve internações hospitalares relacionadas ao uso abusivo de bebidas alcoólicas e outras drogas, entre 2008 e 2017.[10] A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 16,0 para 1.000 nascidos vivos. Em 2016, 50% das mortes de crianças com menos de um ano de idade foram em bebês com menos de sete dias de vida. Óbitos ocorridos em crianças entre 7 e 27 dias de vida foram 25% dos registros. Outros 25% dos óbitos foram em crianças entre 28 dias e um ano de vida. No referido período, houve 7 registros de mortalidade materna, que é quando a gestante entra em óbito por complicações decorrentes da gravidez. O Ministério da Saúde estima que 66,66% das mortes que ocorreram em 2016, entre menores de um ano de idade, poderiam ter sido evitadas, especialmente pela adequada atenção à saúde da gestante, bem como por ações de imunização. Cerca de 98,7% das crianças menores de 2 anos de idade foram pesadas pelo Programa Saúde da Família em 2014, sendo que 0,4% delas estavam desnutridas.[10][11][12] Até 2009, Anori possuía estabelecimentos de saúde especializados apenas em clínica médica, e nenhum estabelecimento de saúde com especialização em psiquiatria, traumato-ortopedia, cirurgia bucomaxilofacial, neurocirurgia, obstetrícia ou pediatria. Dos estabelecimentos de saúde, apenas 1 deles era com internação.[9] Até 2016, havia 5 registros de casos de HIV/AIDS, tendo uma taxa de incidência, em 2016, era de 0 casos a cada 100 mil habitantes, e a mortalidade, em 2016, 0 óbitos a cada 100 mil habitantes.[10] Entre 2001 e 2012 houve 47 casos de doenças transmitidas por mosquitos e insetos, sendo a principal delas a dengue.[13] Referências
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