Angelo Chittolina
Angelo Chittolina (Mântua, ? — Caxias do Sul, ?) foi um empresário e político ítalo-brasileiro. Imigrante italiano, foi uma das primeiras lideranças políticas da vila de Caxias, membro da maçonaria e um dos fundadores em 1887 da primeira loja local, Força e Fraternidade.[1] Filiado ao Partido Republicano Rio-Grandense, cujo diretório local ajudou a fundar,[2] em 28 de junho de 1890 foi indicado pelo Governo do Estado para integrar a Junta Governativa quando a antiga Colônia Caxias foi emancipada de sua condição de distrito de São Sebastião do Caí, ao lado de Salvador Sartori e Ernesto Marsiaj, tomando posse em 2 de julho. A Junta teve uma curta existência, e em 20 de outubro de 1891 ocorreram eleições para compor o primeiro Conselho Municipal, que em 15 de dezembro tomou posse e acumulou as funções executivas e legislativas da Junta até a instituição da Intendência em 1892. Chittolina concorreu e foi eleito, mas em virtude de agitações políticas e revoltas populares a posse só ocorreu em 26 de setembro de 1892, permanecendo em exercício até 1896. Neste período participou da aprovação de importantes leis que organizaram a vida do nascente município: a Lei Orgânica, o Código de Posturas e o Regimento Interno.[3] Foi também um dos grandes empresários de Caxias do Sul em seus primórdios. Instalado na Praça Dante Alighieri, montou uma indústria e comércio de vinho e produtos suínos,[4][5] produzindo 15 toneladas de salame e até 2 toneladas de presuntos por ano, exportados para o estado e o centro do país.[6] Expôs seus produtos na Exposição Estadual de 1901, em Porto Alegre,[7] e na Louisiana Purchase Exposition, organizada em 1904 nos Estados Unidos.[8] Recebeu medalha de prata na Exposição Nacional de 1908,[9] medalha de honra na Exposição Universal de 1911 em Turim,[10] na qual foi delegado especial da representação brasileira,[11] medalha de ouro na Exposição de Santa Maria de 1914,[12] e na exposição municipal de 1916 recebeu medalhas de ouro e prata.[13][14] Em 1917 montou em sociedade com um tecelão profissional uma fábrica de rendas, cortinas e tapetes.[15] Foi casado com Luiza Facciolli, tendo pelo menos uma filha, Edwiges,[16] que aparentemente faleceu antes do pai. Este ainda vivia em janeiro de 1918[17] e faleceu antes de 25 de março de 1922, quando a esposa é citada como viúva e única herdeira do finado.[18] Referências
Ver também
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